Pergunta
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
|||
Linha 7: | Linha 7: | ||
:(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 56-57. | :(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 56-57. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | ==2== | ||
+ | :Todo perguntar eclode do questionar. Neste já estamos desde sempre pré-lançados. Por isso quando perguntamos queremos saber a partir do que já nos está dado no questionar. Por isso toda pergunta exercita um saber e um não-saber. Só perguntamos porque não sabemos. Por outro lado, se absolutamente não soubéssemos nada, jamais poderíamos perguntar, porque todo perguntar pergunta porque quer saber algo. Mas o que acontece quando perguntamos pelo perguntar? Só perguntamos porque já nos movemos na clareira do ser, no questionar. "Quando se pergunta o que é perguntar, não há dissociação entre a pergunta e o perguntado. O perguntar se inclui no perguntado. Já não é possível instalar-se fora da pergunta. Resta apenas a alternativa de perguntar ou não perguntar. Quando pergunto, só pergunto por já estar dentro da pergunta. O perguntar e o perguntado não se excluem mas se incluem mutuamente" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | :- [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
+ | |||
+ | :(1)Referência: | ||
+ | :LEÃO, Emmanuel Carneiro. In: "Definições da filosofia". Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 130/131, 1997, p. 153. |
Edição de 02h25min de 9 de Junho de 2009
1
- "O que é real? E ela não sabia como responder. Às cegas teria que pedir. Mas ela queria que, se fosse às cegas, pelo menos entendesse o que pedisse. Ela sabia que não devia pedir o impossível: a resposta não se pede. A grande resposta não nos era dada. É perigoso mexer com a grande resposta." (1)
- Referência:
- (1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 56-57.
2
- Todo perguntar eclode do questionar. Neste já estamos desde sempre pré-lançados. Por isso quando perguntamos queremos saber a partir do que já nos está dado no questionar. Por isso toda pergunta exercita um saber e um não-saber. Só perguntamos porque não sabemos. Por outro lado, se absolutamente não soubéssemos nada, jamais poderíamos perguntar, porque todo perguntar pergunta porque quer saber algo. Mas o que acontece quando perguntamos pelo perguntar? Só perguntamos porque já nos movemos na clareira do ser, no questionar. "Quando se pergunta o que é perguntar, não há dissociação entre a pergunta e o perguntado. O perguntar se inclui no perguntado. Já não é possível instalar-se fora da pergunta. Resta apenas a alternativa de perguntar ou não perguntar. Quando pergunto, só pergunto por já estar dentro da pergunta. O perguntar e o perguntado não se excluem mas se incluem mutuamente" (1).
- (1)Referência:
- LEÃO, Emmanuel Carneiro. In: "Definições da filosofia". Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 130/131, 1997, p. 153.