Iluminar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :"Pensado como o puro iluminar, o [[fogo]] de mundo traz consigo não somente o [[claridade|claro]] mas também o [[liberdade|livre]], em que tudo [[brilhar|brilha]], mesmo o que se apresenta como contrário. Iluminar é, assim, mais do que só clarear, mais do que só liberar. Num pensamento que medita o sentido e numa reunião recolhedora, iluminar é conduzir algo para o livre, é conceder [[vigência]]." (1) "Nesse sentido, iluminar não é simplesmente clarear e luzir. Isso porque vigorar significa: a partir do encobrimento, durar num [[alétheia|descobrimento]]. Isso porque o clarear que descobre e encobre refere-se ao vigorar do vigente." (2) "É em seu vigor que são iluminados. Também num outro sentido pode-se dizer que são iluminados, a saber: reunidos no acontecimento apropriador da [[clareira]] e, assim, nunca encobertos mas já sempre des-cobertos." (3) | + | :"Pensado como o puro iluminar, o [[fogo]] de [[mundo]] traz consigo não somente o [[claridade|claro]] mas também o [[liberdade|livre]], em que tudo [[brilhar|brilha]], mesmo o que se apresenta como contrário. Iluminar é, assim, mais do que só clarear, mais do que só liberar. Num pensamento que medita o sentido e numa reunião recolhedora, iluminar é conduzir algo para o livre, é conceder [[vigência]]." (1) "Nesse sentido, iluminar não é simplesmente clarear e luzir. Isso porque vigorar significa: a partir do [[encobrimento]], durar num [[alétheia|descobrimento]]. Isso porque o clarear que descobre e encobre refere-se ao vigorar do vigente." (2) "É em seu vigor que são iluminados. Também num outro sentido pode-se dizer que são iluminados, a saber: reunidos no [[acontecimento]] apropriador da [[clareira]] e, assim, nunca encobertos mas já sempre des-cobertos." (3) |
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- | :(1) HEIDEGGER, Martin. ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 244. | + | :(1) HEIDEGGER, Martin. "Alétheia". In: ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 244. |
:(2) Idem, p. 245. | :(2) Idem, p. 245. | ||
:(3) Idem, p. 246. | :(3) Idem, p. 246. |
Edição de 19h05min de 17 de Abril de 2009
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- "Pensado como o puro iluminar, o fogo de mundo traz consigo não somente o claro mas também o livre, em que tudo brilha, mesmo o que se apresenta como contrário. Iluminar é, assim, mais do que só clarear, mais do que só liberar. Num pensamento que medita o sentido e numa reunião recolhedora, iluminar é conduzir algo para o livre, é conceder vigência." (1) "Nesse sentido, iluminar não é simplesmente clarear e luzir. Isso porque vigorar significa: a partir do encobrimento, durar num descobrimento. Isso porque o clarear que descobre e encobre refere-se ao vigorar do vigente." (2) "É em seu vigor que são iluminados. Também num outro sentido pode-se dizer que são iluminados, a saber: reunidos no acontecimento apropriador da clareira e, assim, nunca encobertos mas já sempre des-cobertos." (3)
- Referências:
- (1) HEIDEGGER, Martin. "Alétheia". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 244.
- (2) Idem, p. 245.
- (3) Idem, p. 246.