Pacto
De Dicionário de Poética e Pensamento
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: CASTRO, Manuel Antônio de. ''O homem provisório no grande ser-tão''. Rio de Janeiro: Temmpo Brasileiro, 1976, p. 71. | : CASTRO, Manuel Antônio de. ''O homem provisório no grande ser-tão''. Rio de Janeiro: Temmpo Brasileiro, 1976, p. 71. | ||
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+ | : "A [[mulher]] para engravidar nela aconteceu um [[pacto]] de [[amor]], isto é, ela foi tomada e possuÃda por ''[[eros]]''. Tanto a [[mulher]] como o [[homem]] foram tomados, deixaram-se atravessar por ''[[eros]]''. Não podemos [[compreender]] esse deixar-se possuir por ''[[eros]]'' de [[pacto]] amoroso? Em ''Grande sertão: veredas'' o [[pacto]] é esse deixar-se tomar por ''[[eros]]''. Por isso, a [[energia]] poética só é [[poética]] porque é a [[energia]] de ''[[eros]]'' " (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro (org.). ''Arte: corpo, mundo e terra''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 19. |
Edição de 03h02min de 4 de Setembro de 2017
1
- "Porém, o que pode significar a palavra pacto em sua origem? Pacto vem do latim, pactus. Origina-se do verbo paciscor, que significa contratar etc. Mas este verbo é o incoativo de pango, que, além de outros, também tem o sentido de "escrever poesias, poetar, cantar". Nesta perspectiva, o pacto com o diabo é um contrato ao nÃvel da poesia, para poder poetar" (1). Esta citação procura pensar o lugar e a importância essencial do pacto na obra-prima de Guimarães Rosa: Grande sertão: veredas. O leitor que quiser aprofundar essa presença do pacto na obra, leia a obra de onde foi retirada esta citação.
- Referência bibliográfica:
- CASTRO, Manuel Antônio de. O homem provisório no grande ser-tão. Rio de Janeiro: Temmpo Brasileiro, 1976, p. 71.
2
- "A mulher para engravidar nela aconteceu um pacto de amor, isto é, ela foi tomada e possuÃda por eros. Tanto a mulher como o homem foram tomados, deixaram-se atravessar por eros. Não podemos compreender esse deixar-se possuir por eros de pacto amoroso? Em Grande sertão: veredas o pacto é esse deixar-se tomar por eros. Por isso, a energia poética só é poética porque é a energia de eros " (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 19.