Dança

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
Linha 1: Linha 1:
 +
== 1 ==
:A profunda ligação e integração de corpo e dança não é simpesmente uma [[questão]] de posicionamento artístico ou estético, mas, sim, poético-onto-fenomenológico. Diz Capra, citando Varela e Coutinho: "[...] a dança mútua entre [[sistema]] imunológico e corpo... permite que o corpo tenha uma identidade mutável e plástica ao longo de toda a sua vida e seus múltiplos encontros".  
:A profunda ligação e integração de corpo e dança não é simpesmente uma [[questão]] de posicionamento artístico ou estético, mas, sim, poético-onto-fenomenológico. Diz Capra, citando Varela e Coutinho: "[...] a dança mútua entre [[sistema]] imunológico e corpo... permite que o corpo tenha uma identidade mutável e plástica ao longo de toda a sua vida e seus múltiplos encontros".  
Linha 4: Linha 5:
:Referência:
:Referência:
-
:CAPRA, Fritjof. ''A rede da vida''. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 220.
+
:(1) CAPRA, Fritjof. ''A rede da vida''. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 220.
 +
== 2 ==
 +
:O que há de essencial na dança é que ela incorpora a música a partir do que é comum a ambas, o silêncio, e a faz desabrochar nas possibilidades de advir ao ver, onde comparecem o figurar e o vazio, enquanto poiesis, o vigor do poético. Mas é necessária uma reflexão especial porque, embora, a dança se funde no ver/imagem, esta também não incorpora a imagem-conceito-representação. Se a música faz presente a escuta, a dança faz presente a figuração-imagem, mas sem representação. A dança se dá na tensão vazio/gesto. E aí é necessário pensar a poiesis-verbo noutras dimensões e medidas. Todo andar, se mover, lugar e mundo já são dança. Esta, pois, vai estar ligada a dzoé/vida-psiché/respirar-Hermes/verbo-poiesis/vigor poético.
== Ver também ==
== Ver também ==
*[[Corpo]]
*[[Corpo]]
 +
*[[Gesto]]
 +
*[[Vazio]]

Edição de 02h14min de 14 de janeiro de 2009

1

A profunda ligação e integração de corpo e dança não é simpesmente uma questão de posicionamento artístico ou estético, mas, sim, poético-onto-fenomenológico. Diz Capra, citando Varela e Coutinho: "[...] a dança mútua entre sistema imunológico e corpo... permite que o corpo tenha uma identidade mutável e plástica ao longo de toda a sua vida e seus múltiplos encontros".


Referência:
(1) CAPRA, Fritjof. A rede da vida. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 220.

2

O que há de essencial na dança é que ela incorpora a música a partir do que é comum a ambas, o silêncio, e a faz desabrochar nas possibilidades de advir ao ver, onde comparecem o figurar e o vazio, enquanto poiesis, o vigor do poético. Mas é necessária uma reflexão especial porque, embora, a dança se funde no ver/imagem, esta também não incorpora a imagem-conceito-representação. Se a música faz presente a escuta, a dança faz presente a figuração-imagem, mas sem representação. A dança se dá na tensão vazio/gesto. E aí é necessário pensar a poiesis-verbo noutras dimensões e medidas. Todo andar, se mover, lugar e mundo já são dança. Esta, pois, vai estar ligada a dzoé/vida-psiché/respirar-Hermes/verbo-poiesis/vigor poético.

Ver também

Ferramentas pessoais