Historicismo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Fundamentalmente o historicismo se opõe à explicação da [[vida]] veiculada pelas ciências positivas da natureza. Em lugar da explicação propõe a compreensão da vida, mas esta só é possível apelando para a [[história]], daí historicismo. Pretende compreender a vida mediante ela mesma, sem apelar a nenhuma esfera superior metafísica de valores absolutos. Para tanto opunha o temporal do processo ao intemporal do conteúdo e o relativo da gênese ao necessário da [[essência]]. O historicismo implica, pois, no plano da verdade, um relativismo" (1).
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:"Fundamentalmente o historicismo se opõe à explicação da [[vida]] veiculada pelas ciências positivas da [[natureza]]. Em lugar da [[explicação]] propõe a [[compreensão]] da [[vida]], mas esta só é possível apelando para a [[história]], daí historicismo. Pretende compreender a [[vida]] mediante ela mesma, sem apelar a nenhuma esfera superior metafísica de valores absolutos. Para tanto opunha o temporal do processo ao intemporal do conteúdo e o relativo da gênese ao necessário da [[essência]]. O historicismo implica, pois, no plano da verdade, um relativismo" (1).
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:(1) CASTRO, Manuel Antônio de. ''O acontecer poético – A história literária''. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 57.
:(1) CASTRO, Manuel Antônio de. ''O acontecer poético – A história literária''. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 57.
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: "Toda [[historiografia]] calcula o [[futuro]] a partir das [[imagens]] do [[passado] que lhe define o presente. A historiografia é, assim, a constante destruição do futuro e da relação historial  com o advento  do que é destinado. O historicismo é hoje não apenas não ultrapassado, mas ele entra agora apenas no estágio de sua expansão e consolidação. A organização técnica da opinião mundial pelo rádio e pela imprensa, que já é levada de arrasto, é a [[forma]] de domínio propriamente dita do historicismo" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". Trad. Ernildo Stein. In: ''Os pré-socráticos - fragmentos, doxografia e comentários''. Coleção ''Os pensadores''. Seleção de textos de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 22.

Edição atual tal como 15h10min de 27 de Abril de 2017

1

"Fundamentalmente o historicismo se opõe à explicação da vida veiculada pelas ciências positivas da natureza. Em lugar da explicação propõe a compreensão da vida, mas esta só é possível apelando para a história, daí historicismo. Pretende compreender a vida mediante ela mesma, sem apelar a nenhuma esfera superior metafísica de valores absolutos. Para tanto opunha o temporal do processo ao intemporal do conteúdo e o relativo da gênese ao necessário da essência. O historicismo implica, pois, no plano da verdade, um relativismo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético – A história literária. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 57.


2

"Toda historiografia calcula o futuro a partir das imagens do [[passado] que lhe define o presente. A historiografia é, assim, a constante destruição do futuro e da relação historial com o advento do que é destinado. O historicismo é hoje não apenas não ultrapassado, mas ele entra agora apenas no estágio de sua expansão e consolidação. A organização técnica da opinião mundial pelo rádio e pela imprensa, que já é levada de arrasto, é a forma de domínio propriamente dita do historicismo" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". Trad. Ernildo Stein. In: Os pré-socráticos - fragmentos, doxografia e comentários. Coleção Os pensadores. Seleção de textos de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 22.
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