Pobreza

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(2)
(2)
Linha 15: Linha 15:
: (1) HEIDEGGER, Martin. ''La pobreza''. Buenos Aires: Amorrutu, 2006, p. 111.
: (1) HEIDEGGER, Martin. ''La pobreza''. Buenos Aires: Amorrutu, 2006, p. 111.
 +
 +
 +
 +
== 3 ==
 +
:"Ser: o único [[necessário]] é a [[liberdade]] que liberta. Só o [[Ser]] liberta. E liberta sem coação, por isso é a [[lei]] da não-necessidade, porque libertando se torna o único necessário. Eis a [[essência]] da pobreza. Daí a "libido essendi" ("libido de ser") ser  a "libido" que liberta, porque é o [[sentido]] dos sentidos e sensações, e não aquela que nos submete aos ditames dos prazeres dos sentidos.
 +
 +
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 22h48min de 14 de Agosto de 2013

1

"Que quer dizer "pobre"? Em que consiste a essência da pobreza? Que quer dizer "rico", se somente chegamos a ser ricos na pobreza e por ela? "Pobre" e "rico", no sentido habitual, concernem à posse, ao ter. A pobreza é um não-ter e, em verdade, um carecer do necessário. A riqueza é um não-carecer do que é necessário, um ter mais além do necessário. Porém, a essência da pobreza repousa em um Ser. Ser verdadeiramente pobre significa: ser de tal maneira que não carecemos de nada, exceto do necessário" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. La pobreza. Buenos Aires: Amorrutu, 2006, p. 106.


2

"Ser-pobre quer dizer: não carecer de nada, exceto do necessário; não carecer de mais nada do que do livre-que-liberta" (1). Ou seja, o que não depende das necessidades a que o viver por viver nos conduz, nos obriga, eis a superação dos limites, uma vez que somos finitos, do humano. Se não houvesse o livre, jamais poderíamos falar e compreender o que é o pobre. Somente por sermos livres é que podemos ser pobres.


(1) HEIDEGGER, Martin. La pobreza. Buenos Aires: Amorrutu, 2006, p. 111.


3

"Ser: o único necessário é a liberdade que liberta. Só o Ser liberta. E liberta sem coação, por isso é a lei da não-necessidade, porque libertando se torna o único necessário. Eis a essência da pobreza. Daí a "libido essendi" ("libido de ser") ser a "libido" que liberta, porque é o sentido dos sentidos e sensações, e não aquela que nos submete aos ditames dos prazeres dos sentidos.


- Manuel Antônio de Castro
Ferramentas pessoais