Indigência
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) POMPEIA, João Augusto. "Corporeidade". In: Rev. | + | : (1) POMPEIA, João Augusto.''' "[[Corporeidade]]". In: Rev. Daseinsanalyse, São Paulo, No. 12, 2003, p.33.''' |
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Edição de 22h04min de 5 de janeiro de 2025
1
- "Dasein, por ser corporal e por sua corporeidade ser exatamente como é, é um ente que muda e produz mudanças, e isto pode significar tanto indigência quanto potência. Já por princípio ele não pode escolher ser ou não dessa forma, isto é, ser ou não sempre em mudança. Estar submetido a mudanças implica não poder reter nada como posse, implica falta, carência, perda, todos os ainda não posso, todos os já não posso mais - e isso significa indigência. Mas por aquelas mesmas razões, o poder mudar possibilita o crescimento, o desenvolvimento os ganhos, todos os agora posso, todos os posso cada vez mais - e isso significa potência " (1).
- Referência:
- (1) POMPEIA, João Augusto. "Corporeidade". In: Rev. Daseinsanalyse, São Paulo, No. 12, 2003, p.33.
2
- "Vivemos uma época rica de produções e indigente de pensamento. Somos tão pobres que, nem como ausência, conseguimos pensar a indigência. E, no entanto, mesmo na indigência, não nos abandona o vigor do pensar. Acontece apenas que se nos apresenta de uma maneira estranha. À maneira de um terreno baldio" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Filosofia e psicanálise". In: ------. Aprendendo a pensar. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977, p. 51.
3
- "Só podemos viver por sermos mortais. Só podemos entristecer por sermos joviais. Assim também só podemos ser indigentes de pensamento porque a solidez de nosso ser nos destina o solo de pensar. Somente as possibilidades que, de alguma maneira, temos é que nos podem vir a faltar" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Filosofia e psicanálise". In: ------. Aprendendo a pensar. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977, p. 51.