Quaternidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Esse tema é tratado no ensaio "A coisa" (1), de Martin Heidegger, onde temos: coisa - quaternidade. É tratado também no ensaio "Construir, habitar, pensar" (2), onde temos: quaternidade - coisa. Neste, não fala em mundo, mas está implícito e seria a abertura da "unidade originária". Não fala de mundo porque trata da questão do espaço do ponto de vista do lugar (lugar: ponte - coisa). Então, o Lugar é o Mundo como sentido e verdade do Ser. Assim como em ''A origem da obra de arte'' (3) o mundo está em disputa com terra, aqui o lugar está em tensão com clareira. Conferir abaixo.
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:Esse tema é tratado no ensaio "A coisa" (1), de Martin Heidegger, onde temos: [[coisa]] - quaternidade. É tratado também no ensaio "Construir, habitar, pensar" (2), onde temos: quaternidade - coisa. Neste, não fala em [[mundo]], mas está implícito e seria a abertura da "unidade originária". Não fala de mundo porque trata da questão do espaço do ponto de vista do [[lugar]] (lugar: ponte - coisa). Então, o Lugar é o Mundo como sentido e verdade do Ser. Assim como em ''A origem da obra de arte'' (3) o mundo está em disputa com terra, aqui o lugar está em tensão com clareira. Conferir abaixo.
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 00h22min de 18 de Agosto de 2009

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"No habitar, a quadratura se resguarda à medida que leva para as coisas o seu próprio vigor de essência. As coisas elas mesmas, porém, abrigam a quadratura apenas quando deixadas como coisas em seu vigor" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2001, p.131.


Ver também:


2

Geviert é uma palavra alemã usada por Heidegger e formada a partir do número quatro - vier - que significa quaternidade. A coisa tem como dinâmica de manifestação quatro referentes . As traduções variam: quaternidade, quadratura, quadripartite, quaterniforme. Os quatro são: céu e terra, mortais e imortais. Deles, trata Heidegger nos ensaios: "A coisa" e "Construir, habitar, pensar" (1). Essa relação/referência dá margem a muitas interpretações, das quais a compreensão ou sentido se torna mais clara a partir da observação de Souza: "Falta-nos a proximidade como presença do ser; falta-nos a proximidade das coisas enquanto coisas, enquanto não dominadas pela maquinação dos homens. Neste sentido, o que Walter Benjamin chama de aura equivale ao que Heidegger denomina das Ding. O que é propriamente 'coisa' nos escapa, mas temos as referências: terra/céu; mortais/imortais" (2).


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) In: Ensaios e conferências. Petrópolis, Vozes, 2002.
(2) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Epigênese do Pós-moderno". In: Revista Tempo Brasileiro, 84, Rio, jan-mar., 1986, p.43.


Ver também:


3

Esse tema é tratado no ensaio "A coisa" (1), de Martin Heidegger, onde temos: coisa - quaternidade. É tratado também no ensaio "Construir, habitar, pensar" (2), onde temos: quaternidade - coisa. Neste, não fala em mundo, mas está implícito e seria a abertura da "unidade originária". Não fala de mundo porque trata da questão do espaço do ponto de vista do lugar (lugar: ponte - coisa). Então, o Lugar é o Mundo como sentido e verdade do Ser. Assim como em A origem da obra de arte (3) o mundo está em disputa com terra, aqui o lugar está em tensão com clareira. Conferir abaixo.


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A coisa". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
(2) ______. "Construir, habitar, pensar". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
(3) ______. A origem da obra de arte. Disponível em tradução, para uso acadêmico, de Manuel Antonio de Castro e Idalina Azevedo da Silva, em: www.travessiapoetica.blogspot.com
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