Musas

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:As Musas não cantam, são o canto e a dança. No entanto, Memória gerou as Musas também como esquecimento... . Força "luminosa que são, as Musas tornam o ser-nome presente ou impõem-lhe a ausência... presentificam os deuses configuradores da Vida e nomeiam a Noite negra".  
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:As Musas não cantam, são o [[canto]] e a [[dança]]. No entanto, [[Memória]] gerou as Musas também como [[esquecimento]]... "Força luminosa que são, as Musas tornam o ser-nome presente ou impõem-lhe a ausência... presentificam os deuses configuradores da Vida e nomeiam a Noite negra" (1).  
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:TORRANO, Jaa. ''Introdução''. In: Hesíodo. Teogonia. Trad. Jaa Torrano. São Paulo, Iluminuras, 1992, p. 26.
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:(1) TORRANO, Jaa. "Introdução". In: Hesíodo. ''Teogonia''. Trad. Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 26.
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:"... entendemos as musas como a manifestação, possibilidade e substantivação da unidade. Assim, a música poderia ter alguns sentidos pouco comuns como: proclamar solenemente a unidade, ou ainda, ser útil à unidade, ou ainda ser capaz de realizar a unidade".  
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:"[...] entendemos as musas como a manifestação, possibilidade e substantivação da [[unidade]]. Assim, a [[música]] poderia ter alguns sentidos pouco comuns como: [[proclamar]] solenemente a unidade, ou ainda, ser útil à unidade, ou ainda ser capaz de realizar a unidade" (1).
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:(1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 144.
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:JARDIM, Antônio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, p. 144.
 
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:Antônio. Tese de Doutorado. Faculdade de Letras, Programa Ciência da Literatura, UFRJ, 1997, p. 177.
 
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:“O Mundo (Mundus=puro, con-sagrado) é o Canto das Musas, as quais não são senão a teo-cosmo-gânica função do Cantar... as Musas são o Canto Mundificante (teogônico=cosmogônico e con-sagrado) ouvido por si mesmo que o Canta.
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:“O [[Mundo]] (''Mundus'' = puro, con-sagrado) é o Canto das Musas, as quais não são senão a teo-cosmo-gânica função do Cantar... as Musas são o Canto Mundificante ([[teogonia|teogônico]] = [[cosmogonia|cosmogônico]] e con-sagrado) ouvido por si mesmo que o Canta” (1).  
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:TORRANO, Jaa. ''Introdução''. In: Hesíodo. Teogonia. Trad. JAA Torrano. São Paulo, Iluminuras, 1992, p. 95.
 
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:“Assim, a música poderia ter alguns sentidos pouco comuns como: o proclamar solenemente a unidade, ou ainda, ser útil à unidade, ou ainda,  ser capaz de realizar a unidade”. (1)
 
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:“Música diz fundamentalmente o estabelecimento de sentidos a partir da apresentação de si mesma. A música é, assim, em sua substantividade mesma e própria. Dela, a rigor, só se pode dizer que é. A música não admite qualquer formulação predicativa. Ela é a apresentação de si mesma e nesta apresentação se dá o sentido”. (2)
 
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:“O sentido é a própria apresentação e reconhecimento da música como música. Aí talvez resida o seu maior encanto, seu maior fascínio e sua maior força. Seu apresentar-se é seu sentido”. (3)
 
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:TORRANO, Jaa. "Introdução". In: Hesíodo. ''Teogonia''. Trad. Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 95.
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:“Assim, a música poderia ter alguns [[sentido|sentidos]] pouco comuns como: o proclamar solenemente a unidade, ou ainda, ser [[utilidade|útil]] à unidade, ou ainda,  ser capaz de realizar a unidade” (1).
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:“Música diz fundamentalmente o estabelecimento de sentidos a partir da [[apresentação]] de si mesma. A música é, assim, em sua substantividade [[mesmo|mesma]] e própria. Dela, a rigor, só se pode dizer que é. A música não admite qualquer formulação predicativa. Ela é a apresentação de si mesma e nesta apresentação se dá o sentido” (2).
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:“O sentido é a própria apresentação e reconhecimento da música como música. Aí talvez [[residir|resida]] o seu maior encanto, seu maior [[fascínio]] e sua maior força. Seu apresentar-se é seu sentido” (3).
:Referências:
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:(1) Jardim, Antônio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, p. 144.
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:(2) Idem, p.151.
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:(1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 144.
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:(2) Idem, p. 151.
:(3) Idem, p. 152.  
:(3) Idem, p. 152.  
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:Sobre sentido cf. www.travessiapoetica.blogspot.com, o ensaio: Telos e sentido.
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:Cf. CASTRO, Manuel Antônio de. [[http://www.travessiapoetica.blogspot.com Telos e sentido]]. In Travessia Poética. Internet.
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:'''Ver também:'''
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==Ver Também==
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:*''[[Télos]]''
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*[[Apresentar-se]]
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:*''[[Mnemosýne]]''
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*[[Canto]]
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*[[Esquecimento]]
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-
*[[Memória]]
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-
*[[Mnemósine]]
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-
*[[Mundo]]
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-
*[[Música]]
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*[[Sentido]]
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Edição de 13h29min de 21 de Abril de 2009

1

As Musas não cantam, são o canto e a dança. No entanto, Memória gerou as Musas também como esquecimento... "Força luminosa que são, as Musas tornam o ser-nome presente ou impõem-lhe a ausência... presentificam os deuses configuradores da Vida e nomeiam a Noite negra" (1).


Referência:
(1) TORRANO, Jaa. "Introdução". In: Hesíodo. Teogonia. Trad. Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 26.


2

"[...] entendemos as musas como a manifestação, possibilidade e substantivação da unidade. Assim, a música poderia ter alguns sentidos pouco comuns como: proclamar solenemente a unidade, ou ainda, ser útil à unidade, ou ainda ser capaz de realizar a unidade" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 144.


3

“O Mundo (Mundus = puro, con-sagrado) é o Canto das Musas, as quais não são senão a teo-cosmo-gânica função do Cantar... as Musas são o Canto Mundificante (teogônico = cosmogônico e con-sagrado) ouvido por si mesmo que o Canta” (1).


Referência:
TORRANO, Jaa. "Introdução". In: Hesíodo. Teogonia. Trad. Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 95.


4

“Assim, a música poderia ter alguns sentidos pouco comuns como: o proclamar solenemente a unidade, ou ainda, ser útil à unidade, ou ainda, ser capaz de realizar a unidade” (1).
“Música diz fundamentalmente o estabelecimento de sentidos a partir da apresentação de si mesma. A música é, assim, em sua substantividade mesma e própria. Dela, a rigor, só se pode dizer que é. A música não admite qualquer formulação predicativa. Ela é a apresentação de si mesma e nesta apresentação se dá o sentido” (2).
“O sentido é a própria apresentação e reconhecimento da música como música. Aí talvez resida o seu maior encanto, seu maior fascínio e sua maior força. Seu apresentar-se é seu sentido” (3).


Referências:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 144.
(2) Idem, p. 151.
(3) Idem, p. 152.
Cf. CASTRO, Manuel Antônio de. [Telos e sentido]. In Travessia Poética. Internet.


Ver também:
Ferramentas pessoais