Iniciação
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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| - | :A questão da [[morte]] já aparece nos ritos iniciáticos. Todo [[rito]] de iniciação implica uma transformação e, automaticamente, a morte de algo para o surgimento de algo. O verbo iniciar é, pois, ambíguo: iniciar é introduzir porque implica também o fazer morrer. A [[travessia]] se dá na [[tensão]] vida/morte di-mensionada na e como experiência. Por que experiência? Toda iniciação é um levar para o início. É um ir além da [[liminaridade]] em que já desde sempre estamos lançados. É o que diz a palavra ex-periência. O prefixo latino ex- diz o que está fora de, isto é, lançado para diante ou para o início. E o radical per-, de onde se forma: periência, diz o aberto, a porta. O rito de inciação nos joga no início porque nos faz transpor a porta para o aberto do advento do extraordinário no ordinário. O princípio onde nos joga o rito de iniciação é aquele que já traz em si o seu sentido como fim, enquanto plenitude. | + | :A questão da [[morte]] já aparece nos ritos iniciáticos. Todo [[rito]] de iniciação implica uma [[transformação]] e, automaticamente, a morte de algo para o surgimento de algo. O verbo iniciar é, pois, ambíguo: iniciar é introduzir porque implica também o fazer morrer. A [[travessia]] se dá na [[tensão]] [[vida]]/morte di-mensionada na e como [[experiência]]. Por que experiência? Toda iniciação é um levar para o início. É um ir além da [[liminaridade]] em que já desde sempre estamos lançados. É o que diz a palavra ex-periência. O prefixo latino ex- diz o que está fora de, isto é, lançado para diante ou para o início. E o radical per-, de onde se forma: periência, diz o aberto, a porta. O rito de inciação nos joga no [[início]] porque nos faz transpor a porta para o [[aberto]] do advento do [[extraordinário]] no ordinário. O [[princípio]] onde nos joga o rito de iniciação é aquele que já traz em si o seu sentido como fim, enquanto plenitude. ''[[Télos]]'' é a palavra grega que significa fim, finalidade, plenitude de [[sentido]]. |
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Edição atual tal como 19h29min de 17 de Abril de 2009
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- A questão da morte já aparece nos ritos iniciáticos. Todo rito de iniciação implica uma transformação e, automaticamente, a morte de algo para o surgimento de algo. O verbo iniciar é, pois, ambíguo: iniciar é introduzir porque implica também o fazer morrer. A travessia se dá na tensão vida/morte di-mensionada na e como experiência. Por que experiência? Toda iniciação é um levar para o início. É um ir além da liminaridade em que já desde sempre estamos lançados. É o que diz a palavra ex-periência. O prefixo latino ex- diz o que está fora de, isto é, lançado para diante ou para o início. E o radical per-, de onde se forma: periência, diz o aberto, a porta. O rito de inciação nos joga no início porque nos faz transpor a porta para o aberto do advento do extraordinário no ordinário. O princípio onde nos joga o rito de iniciação é aquele que já traz em si o seu sentido como fim, enquanto plenitude. Télos é a palavra grega que significa fim, finalidade, plenitude de sentido.
- Ver também:
- Ensaio "Télos e sentido"
