Pensamento que calcula

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Criou página com '== 1 == : "Existem, portanto, dois tipos de pensamento, sendo ambos à sua maneira, respectivamente, legítimos e necessários: o pensamento que calcula e a [[ref...')
(3)
 
(7 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 5: Linha 5:
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
 +
 +
: Referência:
 +
 +
: (1)  HEIDEGGER, Martin. '''Serenidade'''. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 13.
 +
 +
== 2 ==
 +
: "O [[pensamento que calcula]] (''das rechnende Denken'') faz [[cálculos]]. Faz [[cálculos]] com [[possibilidades]] continuamente novas, sempre com maiores [[perspectivas]] e simultaneamente mais econômicas. O [[pensamento]] que calcula corre de oportunidade em oportunidade. O [[pensamento]] que calcula nunca pára, nunca chega a [[meditar]]. O [[pensamento]] que calcula não é um [[pensamento]] que medita (''ein besinnliches Denken''), não é um [[pensamento]] que reflete (''nachdenkt'') sobre o [[sentido]] que reina em [[tudo]] que existe" (1).
 +
: O [[pensamento que calcula]] é o [[pensamento]] [[funcional]], que  tem como prioridade a [[possibilidade]] de ele [[poder]] ter uma [[função]] em nosso [[mundo]] [[científico]] e [[globalizado]]. O [[funcional]] é sempre [[global]]. É o [[pensamento]] que se fundamenta na [[procura]] da [[causa]] para determinar e [[produzir]] o [[efeito]].
 +
 +
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
 +
 +
 +
: Referência:
 +
 +
: (1)  HEIDEGGER, Martin. '''Serenidade'''. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 13.
 +
 +
== 3 ==
 +
: "Por toda a [[parte]] somos hoje um [[pensamento que calcula]]. E calcula com sempre maiores [[possibilidades]], com [[possibilidades]] cada vez mais abrangentes. [[Progressivamente]] o [[pensamento]], que calcula, pula com sucesso de um campo para outro. Passa de chance em chance. O [[pensamento que calcula]] não pode parar. Nunca chega à [[serenidade]] do [[sentido]]. O [[pensamento]], que calcula, não é um [[pensamento]] do [[sentido]], um [[pensamento]] que pensa o [[sentido]] de si mesmo ou de qualquer outra [[coisa]]" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Serenidade''. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 13.
+
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Filosofia e psicanálise". In: ------. '''Aprendendo a pensar'''. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977, p. 52.

Edição atual tal como 22h14min de 8 de janeiro de 2022

1

"Existem, portanto, dois tipos de pensamento, sendo ambos à sua maneira, respectivamente, legítimos e necessários: o pensamento que calcula e a reflexão que medita" (1).
O pensamento que calcula é o pensamento funcional, de causa e efeito.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 13.

2

"O pensamento que calcula (das rechnende Denken) faz cálculos. Faz cálculos com possibilidades continuamente novas, sempre com maiores perspectivas e simultaneamente mais econômicas. O pensamento que calcula corre de oportunidade em oportunidade. O pensamento que calcula nunca pára, nunca chega a meditar. O pensamento que calcula não é um pensamento que medita (ein besinnliches Denken), não é um pensamento que reflete (nachdenkt) sobre o sentido que reina em tudo que existe" (1).
O pensamento que calcula é o pensamento funcional, que tem como prioridade a possibilidade de ele poder ter uma função em nosso mundo científico e globalizado. O funcional é sempre global. É o pensamento que se fundamenta na procura da causa para determinar e produzir o efeito.


- Manuel Antônio de Castro.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 13.

3

"Por toda a parte somos hoje um pensamento que calcula. E calcula com sempre maiores possibilidades, com possibilidades cada vez mais abrangentes. Progressivamente o pensamento, que calcula, pula com sucesso de um campo para outro. Passa de chance em chance. O pensamento que calcula não pode parar. Nunca chega à serenidade do sentido. O pensamento, que calcula, não é um pensamento do sentido, um pensamento que pensa o sentido de si mesmo ou de qualquer outra coisa" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Filosofia e psicanálise". In: ------. Aprendendo a pensar. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977, p. 52.
Ferramentas pessoais