Enredo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Criou página com '== 1 == :O enredo indica as sucessivas peripécias em que alguém se vê envolvido. Podem dizer respeito a aventuras ou à própria vida. O enredo antes de ser ficcional é [...')
(1)
 
Linha 1: Linha 1:
== 1 ==
== 1 ==
-
:O enredo indica as sucessivas peripécias em que alguém se vê envolvido. Podem dizer respeito a aventuras ou à própria vida. O enredo antes de ser [[ficcional]] é [[vivencial]] e [[histórico]]. Por isso o enredo não se esgota no ficcional, mas tira seu fundo da grande aventura que é [[viver]] e [[morrer]] para todos os seres [[humanos]] e o que nessa [[travessia]] acontece. A [[fonte]] permanente e imemorial dos enredos foram e são os [[mitos]]. Por quê? Por que neles o ser humano, em todas as épocas, tem um encontro marcado com as [[questões]] em que nos debatemos todos para [[realizar]] nossa [[vida]]. Porém, os enredos ou estórias podem desligar-se dessa travessia em meio às questões e no lugar do [[interesse]] por elas desviar a atenção para o [[interessante]], o acidental e passageiro. Neste caso, predominam sempre os dados circunstanciais e interesses dos [[sistemas]], do já feito e repetido. Em vista disso, poucas das [[narrativas]] são [[obras de arte]], pois somente nestas enredo e questões se tornam a [[forma]] e [[conteúdo]] das narrativas.  
+
: O [[enredo]] indica as sucessivas peripécias em que alguém se vê envolvido. Podem [[dizer]] respeito a aventuras ou à [[própria]] [[vida]]. O [[enredo]] antes de ser [[ficcional]] é [[vivencial]] e [[histórico]]. Por isso, o [[enredo]] não se esgota no [[ficcional]], mas tira seu fundo da grande aventura que é [[viver]] e [[morrer]] para todos os [[seres]] [[humanos]] e o que nessa [[travessia]] acontece. A [[fonte]] permanente e imemorial dos [[enredos]] foram e são os [[mitos]]. Por quê? Por que neles o [[ser humano]], em todas as [[épocas]], tem um encontro marcado com as [[questões]] em que nos debatemos todos para [[realizar]] nossa [[vida]]. Porém, os [[enredos]] ou [[estórias]] podem desligar-se dessa [[travessia]] em meio às [[questões]] e no lugar do [[interesse]] por elas desviar a atenção para o [[interessante]], o [[acidental]] e passageiro. Neste caso, predominam sempre os dados [[circunstanciais]] e [[interesses]] dos [[sistemas]], do já feito e repetido. Em vista disso, poucas das [[narrativas]] são [[obras de arte]], pois somente nestas [[enredo]] e [[questões]] se tornam a [[forma]] e [[conteúdo]] das [[narrativas]].  
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição atual tal como 20h42min de 23 de Junho de 2021

1

O enredo indica as sucessivas peripécias em que alguém se vê envolvido. Podem dizer respeito a aventuras ou à própria vida. O enredo antes de ser ficcional é vivencial e histórico. Por isso, o enredo não se esgota no ficcional, mas tira seu fundo da grande aventura que é viver e morrer para todos os seres humanos e o que nessa travessia acontece. A fonte permanente e imemorial dos enredos foram e são os mitos. Por quê? Por que neles o ser humano, em todas as épocas, tem um encontro marcado com as questões em que nos debatemos todos para realizar nossa vida. Porém, os enredos ou estórias podem desligar-se dessa travessia em meio às questões e no lugar do interesse por elas desviar a atenção para o interessante, o acidental e passageiro. Neste caso, predominam sempre os dados circunstanciais e interesses dos sistemas, do já feito e repetido. Em vista disso, poucas das narrativas são obras de arte, pois somente nestas enredo e questões se tornam a forma e conteúdo das narrativas.


- Manuel Antônio de Castro
Ferramentas pessoais