Filosofia crítica

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "A [[filosofia crítica]], que iniciou sua [[trajetória]] com [[Descartes]], para chegar ao ponto alto em [[Kant]], é afinal de contas uma [[filosofia]] do [[sujeito]], na [[afirmação]] de sua autonomia e de sua centralidade no [[universo]]. É por isto que ela deveria ser a última a favorecer uma [[alienação]] da [[pessoa]] [[humana]]. E, no entanto, continuando a desenvolver-se, depois de [[Kant]], a [[crítica]] deixou de ser [[crítica]] para tornar-se uma [[especulação]] definitiva e sistemática de um [[mundo]] [[metafísico]] construído [[dedutivamente]] sobre o [[sujeito]]" (1).
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: (1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. ''História da Filosofia''.
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: Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS, em 1964.
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: "A [[crítica]] tornou [[consciente]] o [[pensador]] da centralidade do “[[eu]]” na [[especulação]] [[filosófica]]. Mas o ulterior [[desenvolvimento]] da [[crítica]] se tornou em Fichte, Schelling, e mesmo em [[Hegel]], uma [[filosofia]] [[dogmática]], uma [[construção]] [[metafísica]] deduzida do [[sujeito]], construída sobre o [[sujeito]]. E temos então mais uma vez um [[mundo]] [[absolutizado]] (agora [[subjetivo]]) ao qual o [[sujeito]] se submete, no qual o [[sujeito]] se [[aliena]] enquanto nele se [[exterioriza]], nele se torna “[[outro]]”, nele se [[objetiva]]" (1).
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: (1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. ''História da Filosofia''.
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: Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS, em 1964.

Edição atual tal como 22h17min de 26 de Outubro de 2019

1

"A filosofia crítica, que iniciou sua trajetória com Descartes, para chegar ao ponto alto em Kant, é afinal de contas uma filosofia do sujeito, na afirmação de sua autonomia e de sua centralidade no universo. É por isto que ela deveria ser a última a favorecer uma alienação da pessoa humana. E, no entanto, continuando a desenvolver-se, depois de Kant, a crítica deixou de ser crítica para tornar-se uma especulação definitiva e sistemática de um mundo metafísico construído dedutivamente sobre o sujeito" (1).


Referência:
(1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. História da Filosofia.
Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS, em 1964.

2

"A crítica tornou consciente o pensador da centralidade do “eu” na especulação filosófica. Mas o ulterior desenvolvimento da crítica se tornou em Fichte, Schelling, e mesmo em Hegel, uma filosofia dogmática, uma construção metafísica deduzida do sujeito, construída sobre o sujeito. E temos então mais uma vez um mundo absolutizado (agora subjetivo) ao qual o sujeito se submete, no qual o sujeito se aliena enquanto nele se exterioriza, nele se torna “outro”, nele se objetiva" (1).


Referência:
(1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. História da Filosofia.
Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS, em 1964.
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