Insipiente

De Dicionário de Poética e Pensamento

1

"O insipiente há de convir igualmente que existe na sua inteligência o ser do qual não se pode pensar nada maior, porque ouve e compreende essa frase; e tudo aquilo que se compreende encontra-se na inteligência.
" Mas o ser do qual não é possível pensar nada maior não pode existir somente na inteligência. Se, pois, existisse apenas na inteligência, poder-se-ia pensar que há outro ser existente também na realidade; e que seria maior (1):
"Se, portanto o ser do qual não é possível pensar nada maior existisse somente na inteligência, este mesmo ser, do qual não se pode pensar nada maior, tornar-se-ia o ser do qual é possível, ao contrário, pensar algo maior: o que, certamente, é absurdo.
"Logo, o ser do qual não se pode pensar nada maior existe, sem dúvida, na inteligência e na realidade" (2).


Referência:
(1) Salmo 13, 1.
(1) ANSELMO, Santo. "Cap. I, Exortação à contemplação de Deus". Proslógio. In: Os Pensadores. Santo Anselmo - Abelardo. São Paulo: Abril Cultural, 2. e., 1979, p. 102.
Ferramentas pessoais