Questionar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 23h03min de 3 de janeiro de 2009 por Fábio (Discussão | contribs)

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Época

O questionar é algo profundamente enigmático. A propósito da Modernidade, Heidegger diz: "Retomar por uma meditação mais original, é aqui a coragem de pôr em questão a verdade de nossos próprios postulados e de fazer da região de nossos próprios objetivos o que é o mais digno de ser posto em questão". (1) E em uma nota (2), acrescenta: "Uma tal meditação não é necessária nem possível para todos, nem somente suportável por todos. Ao contrário, a ausência de meditação faz certamente parte das diferentes etapas da realização e da exploração organizada requerida pela época... O ser resta para a meditação o que há de mais digno a pôr em questão". Se não é para todos, qual o critério de exclusão? Evidentemente que não é de ordem social etc. O questionar é uma doação da Cura, da Linguagem, pois a Linguagem fala não o homem.


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. "O tempo da imagem do mundo". In: Caminhos de floresta. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002, p. 97.
(2) Idem, p. 120.


2

Cf. HEIDEGGER, Martin. O que é uma coisa? Lisboa: Edições 70, 1992, pp. 48, 52, 53, 54.


3

Cf. HEIDEGGER, Martin. "O tempo da imagem do mundo". In: Caminhos da floresta. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002, pp. 95; 120.


4

Concretamente, toda pergunta é o entre em que vigora todo questionar, onde se pergunta porque não se sabe e se sabe. Portanto, há o entre da pergunta e o entre do questionar. Na vigência do questionar, enquanto vigorar do entre, o diálogo é o dar-se do lógos enquanto o que desde sempre já se retrai. O lógos não é, dá-se. E dando-se, é. Este Se que se dá é o entre do lógos, ou seja, o diá-logo. Portanto, todo diá-logo é a vigência do questionar enquanto pergunta: escuta. A escuta é o entre de questionar e perguntar, ou seja, o diálogo. No ensaio "Tempo e ser" (1) o "se" e o "dar-se" são tratados fundamentalmente.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Tempo e ser. In: ______. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.


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