Páthos

De Dicionário de Poética e Pensamento

(Diferença entre revisões)

Andre (Discussão | contribs)
(Criou página com '__NOTOC__ == 1 == :"O primeiro e, ao que eu saiba, o único a falar do pensar como ''páthos'', como prova que se funda sobre alguém que deve suportá-la, foi Platão, que, ...')
Edição posterior →

Edição de 23h16min de 25 de março de 2009

1

"O primeiro e, ao que eu saiba, o único a falar do pensar como páthos, como prova que se funda sobre alguém que deve suportá-la, foi Platão, que, no Teeteto (155d), cita o espanto como o início da filosofia, certamente sem ter em vista a simples surpresa que nasce em nós quando encontramos algo estranho. Pois o espanto que é o começo da filosofia -- tal como a surpresa é o começo das ciências -- vale para o cotidiano, o evidente, o perfeitamente conhecido e reconhecido; é também a razão de não ser redutível a nenhum conhecimento. Heidegger fala uma vez, na total acepção de Platão, do 'poder de se espantar diante do simples', mas à diferença de Platão acrescenta: 'e aceitar esse espanto como morada'" (1).


Referência:
(1) ARENDT, Hannah. Homem em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 227.