Mistério

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 12h08min de 1 de março de 2009 por Bianka (Discussão | contribs)

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Consultar:
Leão, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I, Petrópolis, Vozes, 1977, p. 211.

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Normalmente se separa realidade e mistério, como se soubéssemos o que é mistério e realidade. Nem um nem outra cabem no saber, só no não-saber de todo saber.


Referências:
LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis, Vozes, 1992, p. 175.

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"O mistério não é o misterioso, o estranho, o longínquo, o enigmático. Ao contrário, é a de-ferência mais íntima da interioridade de nós mesmos, dos outros ou de qualquer coisa. Disso já nos fala a própria palavra. Mistério vem do verbo grego que significa trancar-se no centro, concentrar-se [...]" (1).
Há aí uma ligação muito próxima com o ordinário, sendo que o extra-ordinário é o ordinário se dimensionando pelo que lhe é mais interior, mais concentrado. Conclui-se que a criação, a eclosão da linguagem se dá pelo redimensionamento da linguagem cotidiana, pela concentração, pelo que lhe é mais interior. O uso e abuso comunicativo da palavra no cotidiano encobre e esquece seu potencial. Trazer a potência das palavras para a sua manifestação não é trabalhar as formas em novas formas. Rosa diz o que é descer ao núcleo vivo das palavras: é "chocar as palavras".


Referências:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 180.

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"O mistério da vida não é alguma coisa de outro mundo; não é uma vida diferente deste mundo ou um outro mundo; o mistério da vida é a vitalidade desta vida, deste mundo. Esta vitalidade que não se deixa controlar, subjugar e aplicar. Isso é o que constitui o mistério da vida.


Referência
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O corpo, a terra e o pensamento". In: CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008, p. 70.


Ver também: