Liminaridade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Liminaridade significa aí o '''estar jogado num projeto de realização do que é a partir do ser'''. Na liminaridade o agir do ser-humano, e só é agindo, sendo ''poético'', encontra o seu vigor e seu horizonte no ser. Seu agir é, pois, algo entre o agir do ser que nele opera (obra/verdade/''poiesis'') e o seu agir, enquanto desvelo do que ele é. Essa dupla ''poiesis'' é que é o paradoxo, o ''entre''. Ser, então, para o ser-humano é estar e ser ''entre'', permanentemente. Ele é, queira ou não queira, um '''entre-ser''', porque é um '''ser-do-entre'''. Realiza-se sempre na e a partir da liminaridade de “on/ente” '''E''' “einai/ser” (1).
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:"Liminaridade significa aí o '''estar jogado num projeto de realização do que é a partir do ser'''. Na liminaridade o agir do ser-humano, e só é agindo, sendo ''poético'', encontra o seu vigor e seu horizonte no ser. Seu agir é, pois, algo entre o agir do ser que nele opera (obra/verdade/''poíesis'') e o seu agir, enquanto desvelo do que ele é. Essa dupla ''poíesis'' é que é o paradoxo, o ''entre''. Ser, então, para o ser-humano é estar e ser ''entre'', permanentemente. Ele é, queira ou não queira, um '''entre-ser''', porque é um '''ser-do-entre'''. Realiza-se sempre na e a partir da liminaridade de “on/ente” '''E''' “einai/ser” (1).
:Referência
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(1)  CASTRO, Manuel Antônio de. Interdisciplinaridade poética: o “entre”. In: Revista ''Tempo Brasileiro'', Rio de Janeiro, 164: 7/36, jan.-mar., 2006, p.25.
(1)  CASTRO, Manuel Antônio de. Interdisciplinaridade poética: o “entre”. In: Revista ''Tempo Brasileiro'', Rio de Janeiro, 164: 7/36, jan.-mar., 2006, p.25.

Edição de 21h41min de 29 de março de 2009

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"Liminaridade significa aí o estar jogado num projeto de realização do que é a partir do ser. Na liminaridade o agir do ser-humano, e só é agindo, sendo poético, encontra o seu vigor e seu horizonte no ser. Seu agir é, pois, algo entre o agir do ser que nele opera (obra/verdade/poíesis) e o seu agir, enquanto desvelo do que ele é. Essa dupla poíesis é que é o paradoxo, o entre. Ser, então, para o ser-humano é estar e ser entre, permanentemente. Ele é, queira ou não queira, um entre-ser, porque é um ser-do-entre. Realiza-se sempre na e a partir da liminaridade de “on/ente” E “einai/ser” (1).
Referência

(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Interdisciplinaridade poética: o “entre”. In: Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 164: 7/36, jan.-mar., 2006, p.25.