Jogar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
Linha 1: Linha 1:
__NOTOC__
__NOTOC__
== 1 ==
== 1 ==
-
:Em grego, jogar é ''ballein''. Este jogar, através do verbo grego ''ballein'', faz-se presente na "[[palavra]]". Esta se forma do grego: ''pará'' - junto a, entre, e ''ballein'' - jogar. Que diz aqui jogar? "[[beleza|Beleza]]", ''bellum'', ''ballum'', fala a partir de ''ballo'', do arremessar-se da própria possibilidade em tudo o que aparece. Lançar-se, arremessar-se, jogar-se caracteriza o aparecimento como o salto que só se deixa apreender como tal por aquele que é igualmente capaz de saltar. Beleza é, fundamentalmente, experiência do fundo da possibilidade de ser em tudo o que é, e, assim, aparece. Somente aquele que salta por cima do dado, arremessando-se à movimentação de ser é que pode "[[ver]]" o possível. "Apresentação". (1)
+
:Em grego, jogar é ''ballein''. Este jogar, através do verbo grego ''ballein'', faz-se presente na "[[palavra]]". Esta se forma do grego: ''pará'' - junto a, entre, e ''ballein'' - jogar. Que diz aqui jogar? "[[beleza|Beleza]]", ''bellum'', ''ballum'', fala a partir de ''ballo'', do arremessar-se da própria possibilidade em tudo o que aparece. Lançar-se, arremessar-se, jogar-se caracteriza o aparecimento como o salto que só se deixa apreender como tal por aquele que é igualmente capaz de saltar. Beleza é, fundamentalmente, experiência do fundo da possibilidade de ser em tudo o que é, e, assim, aparece. Somente aquele que salta por cima do dado, arremessando-se à movimentação de ser é que pode "[[ver]]" o possível. "Apresentação" (1).

Edição de 17h43min de 22 de março de 2009

1

Em grego, jogar é ballein. Este jogar, através do verbo grego ballein, faz-se presente na "palavra". Esta se forma do grego: pará - junto a, entre, e ballein - jogar. Que diz aqui jogar? "Beleza", bellum, ballum, fala a partir de ballo, do arremessar-se da própria possibilidade em tudo o que aparece. Lançar-se, arremessar-se, jogar-se caracteriza o aparecimento como o salto que só se deixa apreender como tal por aquele que é igualmente capaz de saltar. Beleza é, fundamentalmente, experiência do fundo da possibilidade de ser em tudo o que é, e, assim, aparece. Somente aquele que salta por cima do dado, arremessando-se à movimentação de ser é que pode "ver" o possível. "Apresentação" (1).


Referência:
(1) CAVALCANTE, Marcia C. de Sá. In: HÖLDERLIN, Friedrich. Hipérion. Trad. Marcia C. de Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 17.