Enunciado

De Dicionário de Poética e Pensamento

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Diego Braga (Discussão | contribs)
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Edição de 21h13min de 14 de janeiro de 2009

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" A lógica pensa o logos como enunciado. No enunciado anuncia-se algo como algo. Aquilo em função de que o anunciável se anuncia a cada vez contitui o que se deve anunciar. Isso que alguma coisa é, o ser-isso de alguma coisa (a qüidade da casa, o brotar do broto etc.) é o que Platão apreende como idea, o aspecto, a fisionomia que mostra alguma coisa, de tal modo que esta se mostra em seu ser-isto". (1) "No juízo o que se faz é tomar algo por algo. Ajuízamos, p. exemplo: Esta coisa é uma casa".(2) Então saiu-se da palavra para a proposição, do verbo para o substantivo, da questão para o conceito, da verdade para a verdade/homoiosis, isto é, a verdade como adequação entre a realidade e a proposição em que ela se diz. Então algo é verdadeiro quando há uma representação que se corresponde. Neste horizonte, a questão da verdade só se dá já dentro de algo que está manifesto e não dentro da própria dinâmica do aparecer. A isto os gregos chamavam aletheia, o desvelamento. Porém, o desvelamento supõe o velamento, isto é, a dinâmica da realidade tanto mais se dando quanto mais se retrai e vela.


Referências:
(1)HEIDEGGER, Martin. "Heráclito". Rio, Relume Dumará, 1998, p.281.
(2)Idem, p. 318.


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