Cosmos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Olhou para as mesinhas com pára-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do cosmo. Tudo era infinito, nada tinha [[começo]] nem [[fim]]: assim era a [[eternidade]] cósmica. Daí a um instante a visão da realidade se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a homogeneidade desaparecia e os olhos se perdiam numa multiplicidade de tonalidades ainda surpreendentes: à [[visão]] aguda e instantânea seguira-se algo mais reconhecível na terra" (1).  
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:"Olhou para as mesinhas com para-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do cosmo. Tudo era infinito, nada tinha [[começo]] nem [[fim]]: assim era a [[eternidade]] cósmica. Daí a um instante a visão da realidade se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a homogeneidade desaparecia e os olhos se perdiam numa multiplicidade de tonalidades ainda surpreendentes: à [[visão]] aguda e instantânea seguira-se algo mais reconhecível na terra" (1).  

Edição de 12h57min de 16 de Maio de 2010

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"Olhou para as mesinhas com para-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do cosmo. Tudo era infinito, nada tinha começo nem fim: assim era a eternidade cósmica. Daí a um instante a visão da realidade se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a homogeneidade desaparecia e os olhos se perdiam numa multiplicidade de tonalidades ainda surpreendentes: à visão aguda e instantânea seguira-se algo mais reconhecível na terra" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 71.


Ver também: