Autodiálogo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"–Seus conselhos. Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu [[caminho]]. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma. [...] –Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma [[palavra]] tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece. Sim, tudo se esclarecia e ela surgia de dentro de si mesma quase com esplendor" (1).  
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:"– Seus conselhos. Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu [[caminho]]. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma. [...] – Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma [[palavra]] tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece. Sim, tudo se esclarecia e ela surgia de dentro de si mesma quase com esplendor" (1).  
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:(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 54.
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:(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. Rio de Janeiro: José Olympio, 4ª. ed., 1974, p. 54.
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Edição de 19h27min de 11 de Setembro de 2009

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"– Seus conselhos. Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma. [...] – Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece. Sim, tudo se esclarecia e ela surgia de dentro de si mesma quase com esplendor" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4ª. ed., 1974, p. 54.


Ver também:

2

"Unicamente porque o Entre-ser enquanto tal é determinado pela ipseidade é que um eu-mesmo se pode relacionar com um tu-mesmo. A ipseidade é o pressuposto para a possibilidade da egoidade, que se revela sempre apenas no tu. A ipseidade, porém, nunca se refere ao tu, mas - porque primeiro possibilita tudo isso - é neutra perante o ser-eu e ser-tu e ainda com mais razão perante a 'sexualidade'" (1). Quando consideramos que no autodiálogo se dá um eu que é ao mesmo tempo um tu, então aparece cada um de nós como eu e não-eu, ou seja, há sempre um E, que podemos entender como um ENTRE, onde se dá algo de neutro, no sentido de ser um e outro. Que entre é esse? Não será o próprio lógos, como vigor do próprio diá-logo?


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A essência do fundamento. Lisboa: Edições 70, 1988.
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