Arkhé

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Anaximandro foi o primeiro a introduzir o termo [[princípio]] (1). Cabe notar, porém, que se usa aí o termo ''arché'' não no sentido de [[fundamento]] causal, mas no sentido de [[unidade]] que contém os contrários: "contrários são quente e frio, seco e úmido e outros. Segundo uns, da unidade que os contém, procedem, por divisão, os contrários, como diz Anaximandro: '...pois tudo ou é princípio ou procede de um princípio, mas do ilimitado não há princípio ...' ". (2) Esta questão da ''arché'' é profundamente estudada por Martin Heidegger (3).
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:Anaximandro foi o primeiro a introduzir o termo [[princípio]] (1). Cabe notar, porém, que se usa aí o termo ''arché'' não no sentido de [[fundamento]] causal, mas no sentido de [[unidade]] que contém os contrários: "contrários são quente e frio, seco e úmido e outros. Segundo uns, da unidade que os contém, procedem, por divisão, os contrários, como diz Anaximandro: '...pois tudo ou é princípio ou procede de um princípio, mas do ilimitado não há princípio ...' " (2). Esta questão da ''arché'' é profundamente estudada por Martin Heidegger (3).
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:(1) SIMPLÍCIO. ''Física'', 28, 13 (DK 1299), apud ''Pré-socraticos. Col. Os Pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, p.15.  
:(1) SIMPLÍCIO. ''Física'', 28, 13 (DK 1299), apud ''Pré-socraticos. Col. Os Pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, p.15.  
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:(2) ARISTÓTELES. ''Física'', I 4.187 a 20, apud ''Pré-socraticos. Col. Os Pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, p.15.
:(2) ARISTÓTELES. ''Física'', I 4.187 a 20, apud ''Pré-socraticos. Col. Os Pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, p.15.
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:(3) "A sentença de Anaximandro". In: ''Os pré-socráticos. Col. Os pensadores''. S. Paulo: Abril Cultural, 1978. Outra tradução em português: "O dito de Anaximandro". In: ''Caminhos de Floresta''. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002.
:(3) "A sentença de Anaximandro". In: ''Os pré-socráticos. Col. Os pensadores''. S. Paulo: Abril Cultural, 1978. Outra tradução em português: "O dito de Anaximandro". In: ''Caminhos de Floresta''. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002.
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Edição de 13h09min de 13 de março de 2009

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Anaximandro foi o primeiro a introduzir o termo princípio (1). Cabe notar, porém, que se usa aí o termo arché não no sentido de fundamento causal, mas no sentido de unidade que contém os contrários: "contrários são quente e frio, seco e úmido e outros. Segundo uns, da unidade que os contém, procedem, por divisão, os contrários, como diz Anaximandro: '...pois tudo ou é princípio ou procede de um princípio, mas do ilimitado não há princípio ...' " (2). Esta questão da arché é profundamente estudada por Martin Heidegger (3).


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) SIMPLÍCIO. Física, 28, 13 (DK 1299), apud Pré-socraticos. Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, p.15.
(2) ARISTÓTELES. Física, I 4.187 a 20, apud Pré-socraticos. Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, p.15.
(3) "A sentença de Anaximandro". In: Os pré-socráticos. Col. Os pensadores. S. Paulo: Abril Cultural, 1978. Outra tradução em português: "O dito de Anaximandro". In: Caminhos de Floresta. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002.


Ver também


Começar

" A noção de arché contida no verbo arkhómetha ["comecemos"] reúne numa unidade indiscernível o sentido de princípio-começo e o de princípio-poder-império".


Referências:
TORRANO, Jaa. "Introdução". In: "Hesíodo. Teogonia: a origem dos deuses". Trad. Jaa Torrano. São Paulo, Iluminuras, 2003, p. 21.