Abstrato

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"As palavras abstratas, disse Nietzsche, são como alforjes, nos quais as [[épocas]] e as filosofias teriam acumulado as coisas mais heteróclitas. E assim a [[palavra]] acaba tornando-se um tal entrecruzamento de "marcas" que embaralha todas as pistas. A [[função]] do genealogista é reencontrar estas pistas" (1). Se bem notarmos, tudo se centraliza na ''palavra''. Esta deve conter originariamente algo vivo e vigoroso que permita mais do que "pistas" a essência concreta do que a palavra conserva como [[memória]], onde a [[vigência]] do passado é a garantia do futuro.  
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:"As palavras abstratas, disse Nietzsche, são como alforjes, nos quais as [[época|épocas]] e as filosofias teriam acumulado as coisas mais heteróclitas. E assim a [[palavra]] acaba tornando-se um tal entrecruzamento de "marcas" que embaralha todas as pistas. A [[função]] do genealogista é reencontrar estas pistas" (1). Se bem notarmos, tudo se centraliza na ''palavra''. Esta deve conter originariamente algo vivo e vigoroso que permita mais do que "pistas" a essência concreta do que a palavra conserva como [[memória]], onde a [[vigência]] do passado é a garantia do futuro.  

Edição de 00h03min de 1 de Maio de 2011

1

"No desdobramento da Cultura Ocidental esse pensamento capaz de recolher e concentrar no dizer simples, concreto e que a partir de sua concretude se configurou capaz de desencadear realidade, se desunificou pela vigência da medida analógica, da identidade analítica, e pelo processo em que essas duas se juntaram à ideia, esta, enquanto fator basicamente constituidor da unidade abstrata, e diluidor da unidade concreta" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 51.


Ver também:


2

"As palavras abstratas, disse Nietzsche, são como alforjes, nos quais as épocas e as filosofias teriam acumulado as coisas mais heteróclitas. E assim a palavra acaba tornando-se um tal entrecruzamento de "marcas" que embaralha todas as pistas. A função do genealogista é reencontrar estas pistas" (1). Se bem notarmos, tudo se centraliza na palavra. Esta deve conter originariamente algo vivo e vigoroso que permita mais do que "pistas" a essência concreta do que a palavra conserva como memória, onde a vigência do passado é a garantia do futuro.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) LEBRUN, Gérard. O que é poder. 6. e. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 8