Épos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 21h57min de 14 de janeiro de 2009 por Diego Braga (Discussão | contribs)
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Em Damião Berge, no texto de Homero e na tradição empregava-se épos e épea como palavra, verso, discurso, oração, sentença. Não era esta a principal característica e, sim, o ser tanto a linguagem dos homens como a linguagem dos deuses, dos deuses homéricos. Na medida em que Homero educa a Grécia, com ele se institucionalizam seus deuses. Aos poucos, pela eclosão das cidades, há uma crítica de tais deuses e heróis (camada aristocrática) e há uma crítica moral dos ritos religiosos. Dentro dessa situação, o épos é substituido pelo logos. Mas Heráclito vai mais fundo porque inaugura o pensar. Aí se opõe diretamente a Homero (v. frag. 42). A oposição é a religião/rito x pensamento. Hölderlin resgatará a poesia.


Referências:
BERGE, Damião. "O logos heraclítico". Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1969, p. 116. (chama o homem de Homero de "homem épico")


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