Herói

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 13h50min de 11 de Novembro de 2012 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"Pode-se dizer, então, que o herói é uma figura arquetípica que representa um modelo de ego funcionando de acordo com o self. Sendo um produto da psique inconsciente, ele é um modelo que deve ser observado, pois demonstra o ego funcionando corretamente, ou seja, um ego que funciona de acordo com as solicitações do self" (1). Esta leitura psicológica do herói não se dimensiona pela poíesis, isto é, pelo vigor do poético. Poeticamente o herói é uma imagem-questão do lugar do ser humano diante do agir da realidade, ou seja, para os gregos, da phýsis.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) FRANZ, Marie Louise von. A interpretação dos contos de fada. Rio de Janeiro: Achiamé, 1981, p. 73-74.


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"O herói era aquele que - mesmo a partir das várias possibilidades já postas, já dadas - era capaz de criar uma possibilidade nova da vida, conseguindo, desta maneira, participar da instauração do novo na história. O herói era aquele que, por esta razão, se diferenciava, e mais, atrás de suas pegadas estava escrito impossibilidade, ou seja, ninguém poderia segui-lo, uma vez que a irrupção do herói acontece num momento singular da história, isto é, num tempo próprio, onde se une o que está despedaçado, a partir de uma nova leitura e de uma nova compreensão, fruto da mesma vivência" (1).


Referência:
(1) LUZIE, Marta. A dobra do destino. Rio de Janeiro: 7Letras, 1999, p. 18.
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