Paideia poética

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 16h11min de 21 de Julho de 2011 por Profmanuel (Discussão | contribs)
(dif) ← Versão anterior | ver versão atual (dif) | Versão posterior → (dif)

1

“Mas, agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei neste gosto, de especular idéia” (1). A formação poética não consiste propriamente em transmitir conteúdos ou princípios interventivos racionais com finalidades utópicas. Ela centraliza-se no “especular idéia”. Este verbo se forma do latim speculum, de onde vem nossa palavra espelho. Este é a [[luz] como claridade iluminando o que se é. No espelho podemos ver o que somos porque podemos ver o que parecemos ser. E iluminar-se é deixar acontecer a formação poética, é tomar posse dos direitos humanos, isto é, dos direitos de se tornar humano, singularmente humano como o chegar ao iluminar o seu próprio. Isso é cidadania poética. Isso é Paidéia poética.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) Rosa, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, p. 11.
Ferramentas pessoais