Sagrado

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 22h56min de 26 de Dezembro de 2008 por Patricia Marouvo (Discussão | contribs)

Tabela de conteúdo

Paidéia

Cf. JAEGER, Werner. Paidéia. São Paulo': Martins Fontes, 1979, p. 648. Vemos aqui já a delimitação de instâncias onde não há mais o sagrado.


Narrativa

A apreensão do sagrado é complexa. Porém, algo fica evidente: o sagrado é a linguagem in-augural. E como in-augural exercita o augure no "in", ou seja, no intus, no entre, no inteligível (o intus-logos). O narrar originário é sagrado porque se torna e vige na poiesis como "phainestai" (o desvelar/velar, a criptofania). Todo ente/coisa é e vige como narrar-originário-de-sagrado. A narrativa é sagrada porque esta vige no genos e gênese de todo ente-coisa.


Natureza

"O que é o sagrado para Hölderlin? É a palavra com que ele nomeia a natureza. Esta, contudo, não deve ser tomada como a natura dos romanos, nem como natureza no sentido moderno, pois em ambos os casos é apreendida como conjunto dos fenômenos ou coisas pertencentes a um determinado setor do real, ou seja, o mundo natural. Natureza para o poeta possui, antes, a ressonância da palavra-guia dos primeiros pensadores gregos - physis -, como o aberto, por onde as coisas brotam e desabrocham, mas também como o obscuro, por onde elas se escondem e repousam. A natureza é sagrada para Hölderlin "porque ela é mais antiga que os tempos e acima dos deuses". (1) Michelazzo, José Carlos. Do um como princípio ao dois como unidade. S. Paulo, Annablume, 1999, p. 144, citando Heidegger, Martin, acessível em: Heidegger, Martin. Approche de Hölderlin. Paris, Gallimard, 1972, p. 77.


Michelazzo e Heidegger

Cf. MICHELAZZO, José Carlos. Do um como princípio ao dois como unidade. São Paulo: Annablume, 1999. Cf. também HEIDEGGER, Martin. Approche de Hölderlin. Paris: Gallimard, 1972.
Ferramentas pessoais