Caminho

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 00h28min de 16 de março de 2009 por Fábio (Discussão | contribs)

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Heidegger insiste muito na nossa travessia como caminho (1). Diz Leão: "O percurso entre o princípio e o fim é o curso de um início, combate de velamento e des-velamento entre as potências de ser, não-ser e aparência" (2). O mesmo autor, no volume II (3) de sua obra, na p.181, discute o caminho como atividade, meio e fim e na p.183, discute o caminho essencial.


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. "Ciência e pensamento do sentido". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 58.
(2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Diana e Heráclito". In: Aprendendo a pensar I. Petrópolis: Vozes, 1977, p.188.
(3)______. Aprendendo a pensar II. Petropolis: Vozes, 1992.


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"O fim do caminho seria de um modo ou de outro, a consumação do próprio caminho e, para nós, o que é decisivo, importante é a caminhada com suas peripécias e vicissitudes. Deste modo, todo começo é já um fim e, assim, este não se caracteriza como sendo marcadamente determinado por nenhuma linearidade consumadora. O nosso caminho tenta ser trilhado pelo ocidente das questões, porque, estamos de um modo ou de outro, determinados em última instância por esta mesma ocidentalidade, isto é, por essa modalidade que traz consigo tanto uma espécie de entardecimento, quanto de infinidade. Não entendemos de outro modo. Todavia, em relação a essa ocidentalidade é necessário ter-se alguma precaução, é necessário precaver-se" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, p. 22.


Ver também:
Ferramentas pessoais