Particípio
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 01h29min de 13 de Dezembro de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "Como todo particípio, ele participa de duas formas, uma verbal e uma nominal, ou seja, toma parte em duas significações: "... o essencial é que as duas significações reenviam uma à outra" (1), portanto, um único termo tem uma dupla significação, ele quer dizer duas coisas ao mesmo tempo. É como se houvesse uma única coisa dita duas vezes" (2). Se tomamos o particípio do ponto de vista da verdade se manifestando no verbal, vemos que ela acontece nele como ambiguidade e dissimulação. E, portanto, como velamento e desvelamento. O particípio articula as versões do uni-, da unidade, do que funda, isto é, do velar-se do Nada em cada versão, ou seja, em cada parte, de onde nos advém o particípio. É o vigorar verbal para além das partes enquanto substantivos ou nomes. Em vista disso, toda parte só pode ser parte na medida em que já é um vigorar do todo, da unidade. Ou seja, toda versão é versão, não do sujeito, mas do dar-se e retrair-se do todo nas partes, daí advém a ambiguidade do particípio.
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Was heisst denken?. Tübingen: Niemeyer Verlag, 1984, p. 133.
- (2) LUZIE, Marta. A dobra do destino. Rio de Janeiro: 7Letras, 1999, p. 24.