Unidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 15h03min de 15 de março de 2014 por Profmanuel (Discussão | contribs)

1

" Um prendedor de cabelos entre os dedos:' - Olhe isto aqui. Tem dois dentes, mas é um alfinete. São dois, porém, é um. Se eu o endireitar, ele se torna uma entidade única. Se eu dobrá-lo, ele se torna dois...sem deixar de ser um. Isso significa que esses dois são um. Mas se eu quebra-lo, agora eles são dois' " (1).


Referência:
(1). BERGMAN, Ingmar. Fala do velho Diretor de teatro Henrik Vogler (Erland Josephson), no filme "Depois do ensaio". Suécia, 1984.

2

"Uma unidade existente ou criada vigor|vigora sempre como unidade, significa: mesmo que composta por outras unidades, a volta a essas unidades é necessariamente diluição, tanto quanto o é a volta de uma unidade composta às unidades componentes. Uma unidade se caracteriza basicamente enquanto unidade seja ela originária ou não. Uma unidade é irrepetível no outro, ela não se expõe à dinâmica da igualdade. Uma unidade só é igual a si mesma. É a partir desse ser igual a si mesma que ela é concomitantemente exigência de um outro, ou de uma outra unidade. A unidade é a insuficiência manifesta pela suficiência. A imposição da realidade como dinâmica se dá a partir da unidade que esta mesma realidade é ao mesmo tempo, capaz e incapaz de produzir" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 53-4.

3

"No entanto, toda ideia é con-formada a partir da unidade. Sem unidade nem mesmo a ideia é possível. Tendo ou não a ideia como mediação, a unidade é o que é primeiro, é o que é primário, originário. É só a partir da unidade que pode se constituir e dar movimento. A unidade não paralisa o movimento, antes pelo contrário, toda e qualquer unidade traz consigo o movimento, porque toda e qualquer unidade é sempre unidade de identidade e diferença. É sempre na unidade que identidade e diferença podem ter vigência" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 74.

4

"Há na unidade a vigência de identidade e diferença, a unidade é sempre unidade de identidade e diferença, do mesmo e do outro. Toda e qualquer instância da unidade é disposição de tensão, isto é, na medida em que ordena e é ordenada, a unidade não vige sem tensão. Essa tensão se dá porque a unidade é, internamente, a vigência do uno enquanto uno, ao mesmo tempo em que, a partir dessa vigência, instaura, externamente, uma dinâmica de diferença que é ao mesmo tempo uma dinâmica de diferença específica, em que as tentativas de identificação generalizantes se apresentam insuficientes, para dar conta da diferença específica imposta. A unidade traz, desse modo, uma dinamicidade pela vigência de identidade e diferença postas concretamente, interna e externamente, em dinâmica pela vigência de toda e qualquer unidade. Por trazer à presença uma dinâmica de diferenças, a unidade enquanto unidade tem sempre consigo o desconhecido ou, ao menos, potencialmente, o desconhecido e só é unidade em con-junção com esse desconhecido" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 53.

5

"A unidade é o ponto inicial de qualquer desencadear de realidade. Toda realidade é unidade de identidade e diferença. Na medida em que toda unidade é a vigência do mais simples e do mais complexo, toda unidade é sem dobras, e ao mesmo tempo a exigência de dobramento" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 53.


Ver também:


6

"Uma unidade se caracteriza basicamente enquanto unidade seja ela originária ou não. Uma unidade é irrepetível no outro, ela não se expõe à dinâmica da igualdade. Uma unidade só é igual a si mesma. É a partir desse ser igual a si mesma que ela é concomitantemente exigência de um outro, ou de uma outra unidade. A unidade é a insuficiência manifesta pela suficiência. A imposição da realidade como dinâmica se dá a partir da unidade que esta mesma realidade é ao mesmo tempo, capaz e incapaz de produzir" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 53.


7

"[...], o uno é o jogo que revela o devir do que se esconde para poder se revelar (1)".


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, pp. 123-4.
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