Estranho

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Um olhar estranho é estranho não porque jamais havia sido visto antes, mas porque nos olha e mostra o estranho dentro de nós, o nosso estranho e estranheza. A [[presença]] estranha faz-se visível como um [[olhar]] do estranho que nos advém, como o advento do estranho na estranheza de um [[advento]]. Caracteres e personagens literários são ''portraits'', retratos, ou seja, um vir a nós do estranho, o olhar das [[coisa|coisas]] sobre nós e não simplesmente o nosso olhar sobre as coisas" (1).
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: "Um olhar [[estranho]] é [[estranho]] não porque jamais havia sido visto antes, mas porque nos olha e mostra o [[estranho]] dentro de nós, o nosso [[estranho]] e [[estranheza]]. A [[presença]] estranha faz-se visível como um [[olhar]] do [[estranho]] que nos advém, como o advento do [[estranho]] na estranheza de um [[advento]]. Caracteres e personagens literários são ''portraits'', retratos, ou seja, um vir a nós do [[estranho]], o [[olhar]] das [[coisa|coisas]] sobre nós e não simplesmente o nosso [[olhar]] sobre as [[coisas]]" (1).
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:Referência:
 
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:(1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. ''Bildung'' e literatura. In: MEES, Leonardo e PIZZOLANTE, Romulo (orgs). ''O presente do filósofo''. Rio de Janeiro: Mauad, 2008, p. 45.
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: (1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante.''' ''Bildung'' e [[literatura]]. In: MEES, Leonardo e PIZZOLANTE, Romulo (orgs). O [[presente]] do [[filósofo]]. Rio de Janeiro: Mauad, 2008, p. 45.'''
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:*[[Questão]]
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Edição de 16h10min de 28 de Dezembro de 2024

1

Há dois estranhos no estranho. O estranho é o inesperado, o extraordinário, o velar-se que se denega e ama manifestar-se. Pelo fato de o estranho amar o manifestar-se é que advém o estranho do estranho, ou seja, que necessariamente nos movemos no limite, no entre-ser para já desde sempre sermos assediados pelo estranho. É tão estranho para nós esse estranho que nem mais nos damos conta dele, ou seja, que achamos que a pro-cura, como habitual, é o normal e o ponto de partida, quando não. Só nos localizamos no habitual para sermos já desde sempre atraídos por e para o estranho.


- Manuel Antônio de Castro


Ver também:


2

"Um olhar estranho é estranho não porque jamais havia sido visto antes, mas porque nos olha e mostra o estranho dentro de nós, o nosso estranho e estranheza. A presença estranha faz-se visível como um olhar do estranho que nos advém, como o advento do estranho na estranheza de um advento. Caracteres e personagens literários são portraits, retratos, ou seja, um vir a nós do estranho, o olhar das coisas sobre nós e não simplesmente o nosso olhar sobre as coisas" (1).


Referência:
(1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. Bildung e literatura. In: MEES, Leonardo e PIZZOLANTE, Romulo (orgs). O presente do filósofo. Rio de Janeiro: Mauad, 2008, p. 45.
Ver também:
*Questão
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