Intérprete
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(Nova página: == 1 == :A obra nos pro-põe um saber e um não-saber, um limite e um ilimitado, um corpo como disputa de terra e mundo. O intérprete parte do saber, do todo da obra enquanto estrutur...) |
|||
Linha 5: | Linha 5: | ||
== 2 == | == 2 == | ||
:Normalmente só consideramos intérprete o leitor de obras de diferentes manifestações artísticas. No entanto, ele é uma figura muito antiga, pois já havia os intérpretes de sonhos e de sinais do destino. São os áuspices ou áugures, adivinhos do destino. Nesta ótica é importante ver o que Platão diz no diálogo ''Fedro'' sobre as manifestações da loucura (os adivinhos, possuídos por um poder estranho, eram considerados loucos, mas em sentido positivo). O importante também a perceber é a relação do intérprete com o jogo do destino também nas obras de arte, porque todo obra de arte é uma manifestação do destino. | :Normalmente só consideramos intérprete o leitor de obras de diferentes manifestações artísticas. No entanto, ele é uma figura muito antiga, pois já havia os intérpretes de sonhos e de sinais do destino. São os áuspices ou áugures, adivinhos do destino. Nesta ótica é importante ver o que Platão diz no diálogo ''Fedro'' sobre as manifestações da loucura (os adivinhos, possuídos por um poder estranho, eram considerados loucos, mas em sentido positivo). O importante também a perceber é a relação do intérprete com o jogo do destino também nas obras de arte, porque todo obra de arte é uma manifestação do destino. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | == Ver também == | ||
+ | *[[Loucura]] |
Edição de 23h20min de 27 de Dezembro de 2008
1
- A obra nos pro-põe um saber e um não-saber, um limite e um ilimitado, um corpo como disputa de terra e mundo. O intérprete parte do saber, do todo da obra enquanto estrutura da obra em rede. Mas não pode ficar aí, deve articular o saber com o não-saber porque a obra não é um objeto, um utensílio. Na interpretação compreensiva e dialogal, o intérprete ao interpretar deve necessariamente se interpretar. Pois em toda compreensão e diálogo quem fala é sempre o logos, enquanto mundo, memória e liberdade.
2
- Normalmente só consideramos intérprete o leitor de obras de diferentes manifestações artísticas. No entanto, ele é uma figura muito antiga, pois já havia os intérpretes de sonhos e de sinais do destino. São os áuspices ou áugures, adivinhos do destino. Nesta ótica é importante ver o que Platão diz no diálogo Fedro sobre as manifestações da loucura (os adivinhos, possuídos por um poder estranho, eram considerados loucos, mas em sentido positivo). O importante também a perceber é a relação do intérprete com o jogo do destino também nas obras de arte, porque todo obra de arte é uma manifestação do destino.