Autoridade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"A [[autoridade]] é incompatível tanto com o [[poder]] como com a [[persuasão]]. É que ambos, [[poder]] e [[persuasão]], pressupõem [[igualdade]] e agem na [[funcionalidade]] da [[objetivação]]. Em constraste com a ordem igualitária das [[funções]] de força e persuasão, a ordem autoritária não se funda nem no [[poder]] nem na [[razão]]. Funda-se na [[liberdade]] de aceitar nas [[diferenças]] o envio de um ''[[Kairós]]'', proveniente da mesma ''koinonia'' na gratuidade do [[Mistério]]. O que significa isso? - Significa que a [[autoridade]] se concretiza sempre em todo relacionamento de [[interioridade]]" (1).
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: "A [[autoridade]] é incompatível tanto com o [[poder]] como com a [[persuasão]]. É que ambos, [[poder]] e [[persuasão]], pressupõem [[igualdade]] e agem na [[funcionalidade]] da [[objetivação]]. Em constraste com a ordem igualitária das [[funções]] de força e persuasão, a ordem autoritária não se funda nem no [[poder]] nem na [[razão]]. Funda-se na [[liberdade]] de aceitar nas [[diferenças]] o envio de um ''[[Kairós]]'', proveniente da mesma ''koinonia'' na gratuidade do [[Mistério]]. O que significa isso? - Significa que a [[autoridade]] se concretiza sempre em todo relacionamento de [[interioridade]]" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar I''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2008, p. 227.
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar I''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2008, p. 227.
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: "Estou na ''Petite Galerie'' diante de uma tela de ''van Gogh''. Um outro visitante se aproxima convocado pela evolução de originariedade do quadro. Tanto nele como em mim a obra exerce uma mesma operação. A operação de nos reconduzir à verdade na identidade de nossas diferentes interioridades. Esta identidade nos põe em comunhão, pois revela que as diferenças de eu e tu provêm da aceitação de um nós. - O que se operou em mim e nele? - Nada menos do que um encontro com o Mistério na humanidade do nós. Nada menos do que o exercício da autoridade. Reconduzindo-nos à identidade do Mistério de nossas diferenças, o quadro de ''van Gogh'' nos libertou um novo modo de ser. O modo de ser que sempre fomos em todas as diferenças que somos e não somos. Esta ''nós-idade'' no Mistério, que gera as diferenças de ser e não-ser, é a [[autoridade]]" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Poder e autoridade no cristianismo". In: --------. ''Aprendendo a pensar I''. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2008, p. 228.

Edição de 22h58min de 24 de março de 2020

1

"A autoridade é incompatível tanto com o poder como com a persuasão. É que ambos, poder e persuasão, pressupõem igualdade e agem na funcionalidade da objetivação. Em constraste com a ordem igualitária das funções de força e persuasão, a ordem autoritária não se funda nem no poder nem na razão. Funda-se na liberdade de aceitar nas diferenças o envio de um Kairós, proveniente da mesma koinonia na gratuidade do Mistério. O que significa isso? - Significa que a autoridade se concretiza sempre em todo relacionamento de interioridade" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2008, p. 227.


2

"Estou na Petite Galerie diante de uma tela de van Gogh. Um outro visitante se aproxima convocado pela evolução de originariedade do quadro. Tanto nele como em mim a obra exerce uma mesma operação. A operação de nos reconduzir à verdade na identidade de nossas diferentes interioridades. Esta identidade nos põe em comunhão, pois revela que as diferenças de eu e tu provêm da aceitação de um nós. - O que se operou em mim e nele? - Nada menos do que um encontro com o Mistério na humanidade do nós. Nada menos do que o exercício da autoridade. Reconduzindo-nos à identidade do Mistério de nossas diferenças, o quadro de van Gogh nos libertou um novo modo de ser. O modo de ser que sempre fomos em todas as diferenças que somos e não somos. Esta nós-idade no Mistério, que gera as diferenças de ser e não-ser, é a autoridade" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Poder e autoridade no cristianismo". In: --------. Aprendendo a pensar I. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2008, p. 228.
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