Télos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:(1) HEIDEGGER, Martin. ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Voves, 2002, p.14.
:(1) HEIDEGGER, Martin. ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Voves, 2002, p.14.
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:"A integração de penhor e bem constitui e perfaz o sentido, ''to télos'', do empenho na dinâmica da [[ação]]. Costuma-se traduzir ''télos'' por meta, fim, finalidade. Todavia, ''télos'' não diz nem a meta a que dirige a ação nem o fim em que a ação finda, nem a finalidade a que serve a ação. ''Télos'' é o [[sentido]] [ver], enquanto sentido implica princípio de desenvolvimento, vigor de vida, plenitude de estruturação. Assim o ''télos'', o sentido de toda ação, é consumar a atitude, é o sumo desenvolvimento do vigor de sua plenitude. [[Atitude]], como a consumação de todos os sentidos das ações, ''to toleio taton'', é pois, a perfeita integração de penhor e bem" (1).
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:Referência:
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:(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo e pensar II''. Petrópolis, Vozes, 1992, p. 156.

Edição de 15h37min de 5 de Abril de 2009

1

"Com ele, o cálice circunscreve-se como utensílio sacrificial. A circunscrição finaliza o utensílio. Com este fim, porém, o utensílio não termina ou deixa de ser, mas começa a ser o que será depois de pronto. É, portanto, o que finaliza, no sentido de levar à plenitude, o que, em grego, se diz com a palavra télos. Com muita freqüência, traduz-se télos por "fim", entendido como meta, e também por "finalidade", entendida como propósito, interpretando-se mal essa palavra grega" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Petrópolis: Voves, 2002, p.14.

2

"A integração de penhor e bem constitui e perfaz o sentido, to télos, do empenho na dinâmica da ação. Costuma-se traduzir télos por meta, fim, finalidade. Todavia, télos não diz nem a meta a que dirige a ação nem o fim em que a ação finda, nem a finalidade a que serve a ação. Télos é o sentido [ver], enquanto sentido implica princípio de desenvolvimento, vigor de vida, plenitude de estruturação. Assim o télos, o sentido de toda ação, é consumar a atitude, é o sumo desenvolvimento do vigor de sua plenitude. Atitude, como a consumação de todos os sentidos das ações, to toleio taton, é pois, a perfeita integração de penhor e bem" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo e pensar II. Petrópolis, Vozes, 1992, p. 156.
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