Real

De Dicionário de Poética e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Nova página: == 1 Sagrado == :"... es decir que, por efecto del ritual, se le confiere una "forma" que lo convierte en real (caos em cosmos). Evidentemente, la realidad se manifiesta, para la menta...)
Linha 6: Linha 6:
:(1) ELIADE, Mircea. "El mito del eterno retorno". Madrid: Alianza, 1972, p. 20.
:(1) ELIADE, Mircea. "El mito del eterno retorno". Madrid: Alianza, 1972, p. 20.
 +
 +
 +
 +
== 2 Época ==
 +
:É uma grande ilusão achar que a crítica do momento em que se está vivendo deve nos remeter para alguma outra época ou nos apontar em algum momento um "lugar" ideal. Para tal visão contribuem: 1º Um entendimento equivocado do termo "originário"; 2º A aparente cronologia de tudo (conhecimentos); 3º A insistência no termo "evolução"; 4º O termo "passado" sem sua vigência na memória e a redução do tempo à mera cronologia ; 5º O entendimento dicotômico da memória, na medida em que se opõe a esquecimento; 6º O entendimento equivocado da "palavra" (reforçado pela escrita) como portadora de algo real e substantivo (o som a escrita) independente ou contraposta ao "referente". O que é o referente? Este não é nem pode ser "algo" estático: a palavra referente diz, pelo contrário, o que, por mais que se dê, sempre torna a levar para o que não se mostra em tudo que se manifesta; 7º O apelo ao resgate da raiz etimológica. Na realidde, todas as épocas são sempre experiênciações inaugurais do real, pois este, como fonte que a si mesmo origina, brota sempre inauguralmente. Cada época é um novo jorrar e um novo experienciar e dessedentar. Por isso nossa época, como cada época só tem uma única questão: onde está e como se dá esse jorrar inaugural? É claro que a presença da realidade como o passado e lembrado se sobrepõe à memória como o jogo permanente do que foi, é e será. A realidade enquanto originário sempre é o deixar-se tomar pelo jogo da memória, das épocas. Por isso, época diz o dar-se que se guarda.

Edição de 14h00min de 24 de Dezembro de 2008

1 Sagrado

"... es decir que, por efecto del ritual, se le confiere una "forma" que lo convierte en real (caos em cosmos). Evidentemente, la realidad se manifiesta, para la mentalidad arcaica, como fuerza, eficacia y duración. Por ese hecho, lo real por excelencia es lo sagrado; pues solo lo sagrado es de um modo absoluto, obra eficazmente, crea y hace durar las cosas. Los innumerables actos de consagración - de los espacios, de los objetos, de los hombres etc. - revelan la obsesión de lo real, la sed del primitivo por el ser". (1)


Referência:
(1) ELIADE, Mircea. "El mito del eterno retorno". Madrid: Alianza, 1972, p. 20.


2 Época

É uma grande ilusão achar que a crítica do momento em que se está vivendo deve nos remeter para alguma outra época ou nos apontar em algum momento um "lugar" ideal. Para tal visão contribuem: 1º Um entendimento equivocado do termo "originário"; 2º A aparente cronologia de tudo (conhecimentos); 3º A insistência no termo "evolução"; 4º O termo "passado" sem sua vigência na memória e a redução do tempo à mera cronologia ; 5º O entendimento dicotômico da memória, na medida em que se opõe a esquecimento; 6º O entendimento equivocado da "palavra" (reforçado pela escrita) como portadora de algo real e substantivo (o som a escrita) independente ou contraposta ao "referente". O que é o referente? Este não é nem pode ser "algo" estático: a palavra referente diz, pelo contrário, o que, por mais que se dê, sempre torna a levar para o que não se mostra em tudo que se manifesta; 7º O apelo ao resgate da raiz etimológica. Na realidde, todas as épocas são sempre experiênciações inaugurais do real, pois este, como fonte que a si mesmo origina, brota sempre inauguralmente. Cada época é um novo jorrar e um novo experienciar e dessedentar. Por isso nossa época, como cada época só tem uma única questão: onde está e como se dá esse jorrar inaugural? É claro que a presença da realidade como o passado e lembrado se sobrepõe à memória como o jogo permanente do que foi, é e será. A realidade enquanto originário sempre é o deixar-se tomar pelo jogo da memória, das épocas. Por isso, época diz o dar-se que se guarda.
Ferramentas pessoais