Feminino

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(1)
Linha 1: Linha 1:
 +
__NOTOC__
==1==
==1==
-
:De acordo com Franz: “Junto com o feminino está o sentimento, o irracional e a fantasia...(1). Nas páginas anteriores também se refere ao feminismo como o princípio de Eros e também o liga à Terra. “Como pode ter acontecido, em nossa história, que o elemento feminino tenha sido mais consciente numa determinada época e esteja agora submergido no inconsciente? As religiões pagãs originárias dos germânicos e dos celtas tinham muitos cultos à Mãe Terra e a outras deusas da natureza, mas a superestrutura unilateralmente patriarcal da civilização cristã aos poucos foi reprimindo esse elemento... Na Idade Média, com o culto da Virgem Maria e com os Trovadores, o reconhecimento da anima era muito mais vivo do que o foi no séc. XVI em diante, época essa que está caracterizada por um aumento de repressão do elemento feminino e da cultura de Eros, em nossa civilização.(2)
+
:De acordo com Franz: "Junto com o feminino está o [[sentimento]], o [[irracional]] e a [[fantasia]]..."(1). Nas páginas anteriores também se refere ao feminismo como o princípio de ''[[Éros]]'' e também o liga à [[Terra]]. "Como pode ter acontecido, em nossa história, que o elemento feminino tenha sido mais consciente numa determinada [[época]] e esteja agora submergido no inconsciente? As [[religião|religiões]] pagãs originárias dos germânicos e dos celtas tinham muitos cultos à Mãe Terra e a outras deusas da [[natureza]], mas a superestrutura unilateralmente patriarcal da [[civilização]] cristã aos poucos foi reprimindo esse elemento... Na Idade Média, com o culto da Virgem Maria e com os Trovadores, o reconhecimento da ''anima'' era muito mais vivo do que o foi no séc. XVI em diante, época essa que está caracterizada por um aumento de repressão do elemento feminino e da cultura de ''Éros'', em nossa civilização." (2)
-
:Mas não nota a autora que justamente o ligar o feminino ao sentimento e ao irracional é uma caracterização do que ela mesma condena na seguda citação, ou seja, é uma leitura do feminino a partir de um racionalismo de predominância patriarcal.
+
:Mas não nota a autora que justamente o ligar o feminino ao sentimento e ao irracional é uma caracterização do que ela mesma condena na seguda citação, ou seja, é uma leitura do feminino a partir de um [[racionalismo]] de predominância patriarcal.
 +
 
 +
 
 +
:- [[Manuel Antônio de Castro]]
:Referências:
:Referências:
-
:(1) Franz, Marie Louise Von, A interpretação dos contos de fadas. Rio de Janeiro,  Achiamé, 1981, p.81.
 
-
:(2) idem, p. 82.
 
-
==Ver Também==
+
:(1) FRANZ, Marie Louise Von. ''A interpretação dos contos de fadas''. Rio de Janeiro:  Achiamé, 1981, p.81.
-
*[[Racionalismo]]
+
:(2) Idem, p. 82.

Edição de 16h59min de 17 de Abril de 2009

1

De acordo com Franz: "Junto com o feminino está o sentimento, o irracional e a fantasia..."(1). Nas páginas anteriores também se refere ao feminismo como o princípio de Éros e também o liga à Terra. "Como pode ter acontecido, em nossa história, que o elemento feminino tenha sido mais consciente numa determinada época e esteja agora submergido no inconsciente? As religiões pagãs originárias dos germânicos e dos celtas tinham muitos cultos à Mãe Terra e a outras deusas da natureza, mas a superestrutura unilateralmente patriarcal da civilização cristã aos poucos foi reprimindo esse elemento... Na Idade Média, com o culto da Virgem Maria e com os Trovadores, o reconhecimento da anima era muito mais vivo do que o foi no séc. XVI em diante, época essa que está caracterizada por um aumento de repressão do elemento feminino e da cultura de Éros, em nossa civilização." (2)
Mas não nota a autora que justamente o ligar o feminino ao sentimento e ao irracional é uma caracterização do que ela mesma condena na seguda citação, ou seja, é uma leitura do feminino a partir de um racionalismo de predominância patriarcal.


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) FRANZ, Marie Louise Von. A interpretação dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Achiamé, 1981, p.81.
(2) Idem, p. 82.
Ferramentas pessoais