Salvaguarda
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
|||
| (3 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
| Linha 1: | Linha 1: | ||
__NOTOC__ | __NOTOC__ | ||
== 1 == | == 1 == | ||
| - | :No ensaio "A origem da obra de arte", Heidegger vê a relação entre a [[obra]] e as suas leituras como salvaguarda. Este [[conceito]] está tratado no ensaio "A sentença de Anaximandro", onde diz: "A antiga [[palavra]] alemã ''Wahr'' significa guarda... Esta guarda deve ser pensada como o | + | :No ensaio "A origem da obra de arte", [[Heidegger]] vê a relação entre a [[obra]] e as suas leituras como salvaguarda. Este [[conceito]] está tratado no ensaio "A sentença de Anaximandro", onde diz: "A antiga [[palavra]] alemã ''Wahr'' significa guarda... Esta guarda deve ser pensada como o abrigar que ilumina e [[recolher|recolhe]]... Pensamos aqui a guarda no sentido do recolhimento iluminador que abriga, sob cuja figura se anuncia um traço fundamental e até aqui velado, da [[presença]], isto é, do [[ser]]. Um dia aprenderemos a pensar nossa desgastada palavra '[[verdade]]' (''wahreit'') a partir da guarda (''wahr'') e aprenderemos que verdade é a salvaguarda do ser, e que ser, enquanto presença, dela faz parte. À salvaguarda que é guarda do ser corresponde o pastor..." (1). Na tradução que fizemos: Manuel Antônio de Castro e Idalina Azevedo da Silva, optamos por traduzir a palavra alemã ''Bewahrung'' não como salvaguarda, mas como [[desvelo]]. Pensamos na guarda amorosa centrada na preservação do [[velar]] o que é digno de ser pensado. O prefixo des-, em português, é aí intensificativo da presença e manifestação do [[amor]]. Fica bem claro no [[desvelo]] com que a [[mãe]] ama, cuida, vela e guarda o filho. |
| Linha 9: | Linha 9: | ||
:Referência: | :Referência: | ||
| - | :(1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". In: ''Os pré-socráticos – Os pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, 1978, pp. 33-4. | + | :(1) [[HEIDEGGER]], Martin. "A sentença de Anaximandro". In: ''Os pré-socráticos – Os pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, 1978, pp. 33-4. |
| Linha 17: | Linha 17: | ||
:*[[Abertura]] | :*[[Abertura]] | ||
:*[[Enraizamento]] | :*[[Enraizamento]] | ||
| + | :*[[Salvar]] | ||
Edição atual tal como 20h54min de 13 de Julho de 2025
1
- No ensaio "A origem da obra de arte", Heidegger vê a relação entre a obra e as suas leituras como salvaguarda. Este conceito está tratado no ensaio "A sentença de Anaximandro", onde diz: "A antiga palavra alemã Wahr significa guarda... Esta guarda deve ser pensada como o abrigar que ilumina e recolhe... Pensamos aqui a guarda no sentido do recolhimento iluminador que abriga, sob cuja figura se anuncia um traço fundamental e até aqui velado, da presença, isto é, do ser. Um dia aprenderemos a pensar nossa desgastada palavra 'verdade' (wahreit) a partir da guarda (wahr) e aprenderemos que verdade é a salvaguarda do ser, e que ser, enquanto presença, dela faz parte. À salvaguarda que é guarda do ser corresponde o pastor..." (1). Na tradução que fizemos: Manuel Antônio de Castro e Idalina Azevedo da Silva, optamos por traduzir a palavra alemã Bewahrung não como salvaguarda, mas como desvelo. Pensamos na guarda amorosa centrada na preservação do velar o que é digno de ser pensado. O prefixo des-, em português, é aí intensificativo da presença e manifestação do amor. Fica bem claro no desvelo com que a mãe ama, cuida, vela e guarda o filho.
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". In: Os pré-socráticos – Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, pp. 33-4.
- Ver também:
