Conceito
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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:(1) HEIDEGGER, Martin. ''O que é metafísica?''. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Duas Cidades, 1969, p. 23. | :(1) HEIDEGGER, Martin. ''O que é metafísica?''. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Duas Cidades, 1969, p. 23. | ||
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+ | :"Uma interpretação do [[símbolo]] continua sendo ela mesma símbolo, apenas um pouco racionalizada, ou seja, um pouco mais próxima do conceito". | ||
+ | "O sentido não é solúvel no conceito. Papel do comentário. Teremos quer uma racionalização relativa do sentido (a análise científica habitual), quer um aprofundamento do sentido, com a ajuda de outros sentidos (a interpretação filosófico-artística)". | ||
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+ | :(1) Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. S. Paulo, Martins Fontes, 2000, p. 402. | ||
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== Ver também == | == Ver também == | ||
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Edição de 05h18min de 13 de janeiro de 2009
Tabela de conteúdo |
1
- Há uma relação profunda entre metafísica, conceitos e razão. Se os conceitos vigem na razão, as questões vigem no pensamento enquanto poiesis, o poético vigorando. O destino metafísico ocidental está em se constituir a metafísica numa experienciação de pensamento enquanto razão nos seus limites de possibilidade a partir de e nos conceitos. Por isso nos diz Nietzsche: "Os diversos conceitos filosóficos não são, de forma alguma, coisa de somenos nem nada que tenha nascido espontaneamente por si mesmo. Cresceram numa relação de parentesco uns com os outros. Por mais que aparentem ter surgido de chofre e arbitrariamente, pertencem de fato a um sistema, tanto quanto os espécimes da fauna de uma região: é o que, em última instância, nos revela a segurança com que os filósofos mais diferentes entre si sempre preenchem um mesmo esquema básico de filosofias possíveis. Na força de um ditado invisível, todos eles percorrem sempre de novo a mesma órbita. Por mais que se sintam independentes, em sua vontade crítica ou sistemática, algo neles os conduz, alguma coisa os empurra, um atrás do outro, dentro de determinada ordem, a saber, o sistema inato de parentesco dos conceitos. O seu pensamento é, na verdade, muito menos descoberta do que reconhecimento e recordação, retorno e volta para uma economia distante e arcaica da alma, donde os conceitos brotaram pela primeira vez. Deste modo, filosofar é uma espécie de atavismo no mais alto grau".
- Referência:
- LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 122.
2
- Diz Heidegger: "Nas ciências se realiza no plano das ideias - uma aproximação daquilo que é essencial em todas as coisas" (1). O problema do conceito é sempre este: ele estabelece necessariamente uma forma e um limite a partir do poder estabelecer relações - o da ideia. Porém, esta se torna problemática porque toda forma enquanto ideia (conteúdo) se torna uma fôrma. E esta, equanto representação, é apenas uma aproximação sem vigor na proximidade do Ser (Real).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. O que é metafísica?. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Duas Cidades, 1969, p. 23.
3
- "Uma interpretação do símbolo continua sendo ela mesma símbolo, apenas um pouco racionalizada, ou seja, um pouco mais próxima do conceito".
"O sentido não é solúvel no conceito. Papel do comentário. Teremos quer uma racionalização relativa do sentido (a análise científica habitual), quer um aprofundamento do sentido, com a ajuda de outros sentidos (a interpretação filosófico-artística)".
- Referências:
- (1) Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. S. Paulo, Martins Fontes, 2000, p. 402.
- (2) idem.