Deus

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Não use a palavra "Deus". Diga "Santidade". Há santidade em todas as pessoas. Santidade humana. Todo o resto são [[atributos]], disfarce, manifestação e truque. Não se pode decifrar ou capturar a santidade humana. Ao mesmo tempo... é algo que podemos pegar. Algo tangível que dura até a [[morte]]. O que acontece depois é escondido de nós. Apenas os poetas, músicos e santos... é que podem descrever aquilo que podemos apenas discernir: o inconcebível. Eles viram, conheceram, compreenderam... não totalmente, mas de modo fragmentado. Para mim é um conforto pensar na santidade humana" (1).
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:"Acredita em Deus, tio Jakob? Um Pai do Céu, um Deus do [[Amor]]? Um Deus com mãos, um coração e olhar vigilante?
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: Não use a palavra "Deus". Diga "Santidade". Há santidade em todas as pessoas. Santidade humana. Todo o resto são [[atributos]], disfarce, manifestação e truque. Não se pode decifrar ou capturar a santidade humana. Ao mesmo tempo... é algo que podemos pegar. Algo tangível que dura até a [[morte]]. O que acontece depois é escondido de nós. Apenas os poetas, músicos e santos... é que podem descrever aquilo que podemos apenas [[discernir]]: o inconcebível. Eles viram, conheceram, compreenderam... não totalmente, mas de modo fragmentado. Para mim é um conforto pensar na santidade humana" (1).

Edição de 01h05min de 6 de Setembro de 2012

1

"É mostrando-se como aquele que é um Ele, que o deus desconhecido deve aparecer como o que se mantém desconhecido. A revelação de deus e não ele mesmo, esse é o mistério" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. " ... poeticamente o homem habita... ". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 174.


Ver também:


2

"Os gregos só puderam chamar de ζῷα as estátuas e imagens dos deuses, porque, para eles, as estátuas e imagens nunca eram estátuas e imagens no sentido de retrato e representação de ausentes na ausência. As imagens e estaturas eram os próprio deuses: presenças do mistério da realidade, realizações que emergem, surgem e vigoram por si mesmas, no vigor de uma vigência inesgotável, que não se deixa saturar" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 134-5.


3

"Acredita em Deus, tio Jakob? Um Pai do Céu, um Deus do Amor? Um Deus com mãos, um coração e olhar vigilante?
Não use a palavra "Deus". Diga "Santidade". Há santidade em todas as pessoas. Santidade humana. Todo o resto são atributos, disfarce, manifestação e truque. Não se pode decifrar ou capturar a santidade humana. Ao mesmo tempo... é algo que podemos pegar. Algo tangível que dura até a morte. O que acontece depois é escondido de nós. Apenas os poetas, músicos e santos... é que podem descrever aquilo que podemos apenas discernir: o inconcebível. Eles viram, conheceram, compreenderam... não totalmente, mas de modo fragmentado. Para mim é um conforto pensar na santidade humana" (1).


Referência:
(1) Ingmar Bergman. No filme A ilha de Bergman", de Marie Nyreröd, Bergman escolhe essa fala de um bispo, personagem de um de seus filmes (não citado) para dizer o que ele pensa a propósito de Deus.
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