Poetica

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:“Motivo” é um [[poema]] enigmático, como todo poema da ''poiesis'', a [[medida]] em que tudo que é vigora, constituindo ela a poética, isto é, a [[verdade]] poética do [[sentido]] do [[ser]]. O poeta se sabe o elo de um jogo circular, onde ele é poeta porque faz poemas e, ao mesmo tempo, faz poemas porque é poeta. Este [[círculo]] só deixará de ser vicioso, passando a ser poético, se nos abrirmos para o acontecer da ''poiesis'', do [[princípio]] que constitui o círculo da poética. Passará então a ser um círculo virtuoso. Tornando-se [[fonte]], a ''poiesis'', palavra medidadora e anunciadora, faz eclodir o poeta e o poema naquilo que eles são, de maneira que o círculo deixa de ser vicioso para tornar-se poético, porque regido pelo princípio da [[realidade]], da ''[[physis]]'' que não é estático, é dinâmico, não é linear, é circular, não é finito, é infinito, não exclui, sempre inclui, acontecendo enquanto [[unidade]] de [[identidades]] e [[diferenças]]. Isso é a poética e o [[poeta]] é o anunciador, o [[mensageiro]], sendo a obra a mensagem da mediação, a medida do senido do ser.
:-[[Manuel Antônio de Castro]].
:-[[Manuel Antônio de Castro]].

Edição atual tal como 09h32min de 15 de Julho de 2011

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“Motivo” é um poema enigmático, como todo poema da poiesis, a medida em que tudo que é vigora, constituindo ela a poética, isto é, a verdade poética do sentido do ser. O poeta se sabe o elo de um jogo circular, onde ele é poeta porque faz poemas e, ao mesmo tempo, faz poemas porque é poeta. Este círculo só deixará de ser vicioso, passando a ser poético, se nos abrirmos para o acontecer da poiesis, do princípio que constitui o círculo da poética. Passará então a ser um círculo virtuoso. Tornando-se fonte, a poiesis, palavra medidadora e anunciadora, faz eclodir o poeta e o poema naquilo que eles são, de maneira que o círculo deixa de ser vicioso para tornar-se poético, porque regido pelo princípio da realidade, da physis que não é estático, é dinâmico, não é linear, é circular, não é finito, é infinito, não exclui, sempre inclui, acontecendo enquanto unidade de identidades e diferenças. Isso é a poética e o poeta é o anunciador, o mensageiro, sendo a obra a mensagem da mediação, a medida do senido do ser.


-Manuel Antônio de Castro.
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