Missa

De Dicionário de Poética e Pensamento

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:"A missa não é simplesmente um conjunto de procedimentos em que tal reunião se dá. Em cada um de seus movimentos, a missa é a própria história sagrada na totalidade de seu sentido acontecendo numa simples manhã de domingo, em diferentes templos, sempre a [[mesma]], mas ao mesmo tempo diferente em cada [[templo]], em cada domingo. São outros os corpos reunidos em sua [[corporeidade]]. Transfigurados pelo [[desdobrar]] do [[tempo]] em [[vida]], o [[sacerdote]] e o fiel já não são os mesmos, e ainda assim o são. A missa é o próprio cristo acontecendo, na homilia inclusive, no [[canto]], no incenso, nas velas, na eucaristia. A missa, abrindo o espaço de comunhão e fazendo-se também comum, nesta comunhão, tece o encontro dos [[destinos]] profanos com a [[história]] [[sagrada]]" (1).  
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:"A missa não é simplesmente um conjunto de procedimentos em que tal reunião se dá. Em cada um de seus movimentos, a missa é a própria história sagrada na totalidade de seu [[sentido]] acontecendo numa simples manhã de domingo, em diferentes templos, sempre a [[mesma]], mas ao mesmo tempo diferente em cada [[templo]], em cada domingo. São outros os corpos reunidos em sua [[corporeidade]]. Transfigurados pelo [[desdobrar]] do [[tempo]] em [[vida]], o [[sacerdote]] e o fiel já não são os mesmos, e ainda assim o são. A missa é o próprio cristo acontecendo, na homilia inclusive, no [[canto]], no incenso, nas velas, na eucaristia. A missa, abrindo o espaço de comunhão e fazendo-se também comum, nesta comunhão, tece o encontro dos [[destinos]] profanos com a [[história]] [[sagrada]]" (1).  

Edição atual tal como 15h20min de 28 de março de 2011

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"A missa não é simplesmente um conjunto de procedimentos em que tal reunião se dá. Em cada um de seus movimentos, a missa é a própria história sagrada na totalidade de seu sentido acontecendo numa simples manhã de domingo, em diferentes templos, sempre a mesma, mas ao mesmo tempo diferente em cada templo, em cada domingo. São outros os corpos reunidos em sua corporeidade. Transfigurados pelo desdobrar do tempo em vida, o sacerdote e o fiel já não são os mesmos, e ainda assim o são. A missa é o próprio cristo acontecendo, na homilia inclusive, no canto, no incenso, nas velas, na eucaristia. A missa, abrindo o espaço de comunhão e fazendo-se também comum, nesta comunhão, tece o encontro dos destinos profanos com a história sagrada" (1).


Referência:
(1) BRAGA, Diego. A terceira margem do mito: hermenêutica da corporeidade. In: Revista Terceira margem. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura da UFRJ. Ano XIV, 22, jan.-jun, 2010, p. 59.
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