Identidade
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :"A identidade tem funcionado sempre como um operacionalizador, isto é: é por meio da identidade que se torna possível à dimensão, subsumindo qualquer relacionamento do que é dimensionado com e pelo concreto, operar sua conversão a um aspecto meramente quantitativo. A identidade, por seus traços mais marcantes, converte as unidades concretas em unidades ideais, e, desse modo, faz compreender, na possibilidade de exercer um processo de mediação, pelo gênero, isto é, pelo conceito genérico. Fundada na semelhança, a identidade busca operar, no sentido da constituição de gêneros, uma redução do real, desde uma multiplicidade de unidades concretas até unidades ideais e gerais." (1) | + | :"A identidade tem funcionado sempre como um operacionalizador, isto é: é por meio da identidade que se torna possível à dimensão, subsumindo qualquer relacionamento do que é dimensionado com e pelo [[concreto]], operar sua conversão a um aspecto meramente quantitativo. A identidade, por seus traços mais marcantes, converte as [[unidade|unidades]] concretas em unidades ideais, e, desse modo, faz compreender, na possibilidade de exercer um processo de mediação, pelo [[gênero]], isto é, pelo conceito genérico. Fundada na semelhança, a identidade busca operar, no sentido da constituição de gêneros, uma redução do real, desde uma multiplicidade de unidades concretas até unidades ideais e gerais." (1) |
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:(1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 38. | :(1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 38. | ||
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Edição de 15h54min de 21 de março de 2009
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- "A identidade tem funcionado sempre como um operacionalizador, isto é: é por meio da identidade que se torna possível à dimensão, subsumindo qualquer relacionamento do que é dimensionado com e pelo concreto, operar sua conversão a um aspecto meramente quantitativo. A identidade, por seus traços mais marcantes, converte as unidades concretas em unidades ideais, e, desse modo, faz compreender, na possibilidade de exercer um processo de mediação, pelo gênero, isto é, pelo conceito genérico. Fundada na semelhança, a identidade busca operar, no sentido da constituição de gêneros, uma redução do real, desde uma multiplicidade de unidades concretas até unidades ideais e gerais." (1)
- Referência:
- (1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 38.
2
- "É primeiramente imprescindível que seja marcada uma diferença inicial entre identidade e unidade. Identidade, por um lado, se relaciona com a unidade, mas, por outro, substantivamente, difere desta. Esta diferença está presente desde o idioma grego. O uno se diz em grego eón , e o idêntico se diz toV aujtov" . É para se notar que o um é apenas ele mesmo e tem sua vigência, portanto, como um substantivo. O uno é substantivo e é concreto, isto é, é capaz de desencadear sua própria realidade, e portanto é capaz de desencadear realidade. O idêntico, toV aujtov", por sua vez, é, em grego, um pronome ou um adjetivo que vem substantivado, em geral, por um artigo. A identidade, por sua vez, só pode ser compreendida em decorrência de um processo de comparação de, no mínimo, uma unidade com outra. Ela tem por característica localizar-se no plano abstrato das comparações, e desse modo, impõe a presença necessária de uma instância ajuizadora, essa instância ajuizadora é por sua vez uma idéia ou, num sentido que pode ser mais amplo, a constituição de um gênero. A identidade, portanto só é capaz de se estabelecer a partir de uma mediação, quer dizer, a identidade não prescinde de um termo de comparação de um termo médio" (1).
- Referência:
- (1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, pp. 38-39.
- Ver também: