Silêncio

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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(Nova página: == 1 == :O silêncio não é a falta de fala nem o excesso. O silêncio é a plenitude da fala e como plenitude não é. Deste não-é lhe advém a excessividade, que é fala. O silên...)
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:O silêncio não é a falta de fala nem o excesso. O silêncio é a plenitude da fala e como plenitude não é. Deste não-é lhe advém a excessividade, que é fala. O silêncio não é, fala, dá-se fala. Fala silenciando. Quem pro-cura o silêncio encontra a fala como escuta. Quem só fala e não escuta não encontra o silêncio, que sempre se retrai e vela. O falatório só repete o falaz-tório e não procura nem trilha as veredas do silêncio. O falatório e palavrório repetem formas vazias de informação. A fala do silêncio pro-duz Cura e Sabedoria. A gramática é falatório de formas vazias. A fala do silêncio é poesia. A gramática que se queira mais do que algo formal deve-se abrir para a escuta do silêncio. Questão: Mas ainda será gramática ou se abriu para o poético?
:O silêncio não é a falta de fala nem o excesso. O silêncio é a plenitude da fala e como plenitude não é. Deste não-é lhe advém a excessividade, que é fala. O silêncio não é, fala, dá-se fala. Fala silenciando. Quem pro-cura o silêncio encontra a fala como escuta. Quem só fala e não escuta não encontra o silêncio, que sempre se retrai e vela. O falatório só repete o falaz-tório e não procura nem trilha as veredas do silêncio. O falatório e palavrório repetem formas vazias de informação. A fala do silêncio pro-duz Cura e Sabedoria. A gramática é falatório de formas vazias. A fala do silêncio é poesia. A gramática que se queira mais do que algo formal deve-se abrir para a escuta do silêncio. Questão: Mas ainda será gramática ou se abriu para o poético?
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:Cf. LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O silêncio da fala". In: ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 23. "O vigor do silêncio é deixar ser o nada da realidade em toda realização de qualquer real." Ibidem, p. 27.
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== Ver também ==
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*[[Realidade]]

Edição de 15h16min de 28 de Dezembro de 2008

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O silêncio não é a falta de fala nem o excesso. O silêncio é a plenitude da fala e como plenitude não é. Deste não-é lhe advém a excessividade, que é fala. O silêncio não é, fala, dá-se fala. Fala silenciando. Quem pro-cura o silêncio encontra a fala como escuta. Quem só fala e não escuta não encontra o silêncio, que sempre se retrai e vela. O falatório só repete o falaz-tório e não procura nem trilha as veredas do silêncio. O falatório e palavrório repetem formas vazias de informação. A fala do silêncio pro-duz Cura e Sabedoria. A gramática é falatório de formas vazias. A fala do silêncio é poesia. A gramática que se queira mais do que algo formal deve-se abrir para a escuta do silêncio. Questão: Mas ainda será gramática ou se abriu para o poético?

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Cf. LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O silêncio da fala". In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 23. "O vigor do silêncio é deixar ser o nada da realidade em toda realização de qualquer real." Ibidem, p. 27.

Ver também