Ser
De Dicionário de Poética e Pensamento
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+ | :(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992. | ||
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+ | :(2) SCHUBACK, Márcia S.C. "As cordas serenas de Ulisses". In: ''Ensaios de filosofia''. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 174. |
Edição de 17h45min de 9 de janeiro de 2009
Tabela de conteúdo |
1
- "Existe o ente como algo subsistente, mas não há o ente". (Esta afirmação não fica clara porque não fica clara a diferença entre "existe" e "há", a não ser que entendamos este "há" como o "dá-se" ou es gibt", como afirma logo a seguir. O ente não se dá "existe como algo subsistente"). Eis a continuação da citação: "Há (es gibt) o ser, e não simplesmente o ente. O ser não é senão o acontecimento em que o ente se apropria na patência do desvelamento e se desapropria na latência, do velamento. Se não se compreende a duplicidade originária do particÃpio eón como o apropriar-se ontofânico (Ereignis) e, ao mesmo tempo, como o desapropriar-se criptofânico (Enteignis) jamais se apreende o sentido do ser".
- Referência:
- (1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. O saber em memória do Ser. In: Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro: Nº 95, out.-dez., 1988, p. 15.
2
- Ser: viver, surgir, permanecer. Estes sentidos correspondem à s três raÃzes que aparecem no verbo ser (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafÃsica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 97 e 98.
3
- Cf. LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 143.
4
- "... revela-se que o Ser é o encanto das Vozes (isto é, as Musas) e as Musas não são outra coisa que a múltipla Presença do Divino" (1). "... relação entre linguagem e ser, ou seja: entre o Canto em seu encanto e a aparição do que se canta, e consweqüentemente entre a Revelação (aletheia) e o Esquecimento (lesmosyne/lethe)" (2). "A rigor, n. há na Teogonia uma relação entre linguagem e ser, mas uma imanência recÃproca entre eles" (3).
- Referência:
- (1) TORRANO, JAA. "Introdução". In: HesÃodo. Teogonia. Trad. JAA Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 28.
- (2) Idem, p. 29.
- (3) Idem, p. 29.
5
- "Não basta ter conhecimentos é preciso ser o que se conhece". Há aqui uma tensão entre ser e ter. Emmanuel Carneiro Leão trata da questão do ter no ensaio "Leitura órfica de uma sentença grega" (1). Trata-se do "ter linguagem". Em que sentido se emprega o "ter"? Diz Márcia: " "Ser" homem para o grego é "ter" logos... Ser homem para o grego significa, sobretudo, estar na disposição do logos. De modo algum, o homem "tem" logos como uma propriedade dada genética, natural. Tem o logos enquanto uma disposição para empenhar-se pelo logos". Ver todo o restante da passagem.
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992.
- (2) SCHUBACK, Márcia S.C. "As cordas serenas de Ulisses". In: Ensaios de filosofia. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 174.