Sagrado

De Dicionário de Poética e Pensamento

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:"O que é o sagrado para Hölderlin? É a [[palavra]] com que ele nomeia a [[natureza]]. Esta, contudo, não deve ser tomada como a ''natura'' dos romanos, nem como natureza no sentido moderno, pois em ambos os casos é apreendida como conjunto dos fenômenos ou coisas pertencentes a um determinado setor do real, ou seja, o [[mundo]] natural. Natureza para o poeta possui, antes, a ressonância da palavra-guia dos primeiros pensadores gregos -- ''phýsis'' --, como o aberto, por onde as coisas brotam e desabrocham, mas também como o obscuro, por onde elas se escondem e repousam" (1).
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:"O que é o sagrado para Hölderlin? É a [[palavra]] com que ele nomeia a [[natureza]]. Esta, contudo, não deve ser tomada como a ''natura'' dos romanos, nem como natureza no sentido moderno, pois em ambos os casos é apreendida como conjunto dos fenômenos ou coisas pertencentes a um determinado setor do real, ou seja, o [[mundo]] natural. Natureza para o poeta possui, antes, a ressonância da palavra-guia dos primeiros pensadores gregos -- ''phýsis'' --, como o aberto, por onde as coisas brotam e desabrocham, mas também como o [[obscuro]], por onde elas se escondem e repousam" (1).

Edição de 18h43min de 28 de março de 2009

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"O que é o sagrado para Hölderlin? É a palavra com que ele nomeia a natureza. Esta, contudo, não deve ser tomada como a natura dos romanos, nem como natureza no sentido moderno, pois em ambos os casos é apreendida como conjunto dos fenômenos ou coisas pertencentes a um determinado setor do real, ou seja, o mundo natural. Natureza para o poeta possui, antes, a ressonância da palavra-guia dos primeiros pensadores gregos -- phýsis --, como o aberto, por onde as coisas brotam e desabrocham, mas também como o obscuro, por onde elas se escondem e repousam" (1).


Referência:
(1) MICHELAZZO, José Carlos. Do um como princípio ao dois como unidade. São Paulo: Annablume, 1999, p. 144.