Poesia

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
Linha 2: Linha 2:
== 1 ==
== 1 ==
:Poesia e perda do [[sagrado]]. Cf. JAEGER, Werner. ''Paidéia''. São Paulo: Martins Fontes, p. 630 e nota 104.
:Poesia e perda do [[sagrado]]. Cf. JAEGER, Werner. ''Paidéia''. São Paulo: Martins Fontes, p. 630 e nota 104.
 +
 +
== 2 ==
 +
:O "eu-lírico" é um conceito abstrato-formal inexistente a que nenhuma realidade corresponde. Quando num poema fala um "eu", se o poema é [[verdadeiro]], este será sempre fala da poesia. Jamais será fala do poeta ou um formal e abstrato "eu-lírico". É o "eu-concreto" da poesia manifestando-se no [[poeta]] e nos leitores que verdadeiramente tem o poema da poesia. O poeta ou o leitor fala, mas quem diz é a poesia. Um poema é verdadeiro quando é esse dizer [[concreto]] da poesia.
 +
 +
 +
:— [[Manuel Antônio de Castro]]
 +
 +
 +
:'''Ver também:'''
 +
 +
:*[[Silêncio]]
 +
:*[[Poiesis]]

Edição de 12h16min de 1 de março de 2009

1

Poesia e perda do sagrado. Cf. JAEGER, Werner. Paidéia. São Paulo: Martins Fontes, p. 630 e nota 104.

2

O "eu-lírico" é um conceito abstrato-formal inexistente a que nenhuma realidade corresponde. Quando num poema fala um "eu", se o poema é verdadeiro, este será sempre fala da poesia. Jamais será fala do poeta ou um formal e abstrato "eu-lírico". É o "eu-concreto" da poesia manifestando-se no poeta e nos leitores que verdadeiramente tem o poema da poesia. O poeta ou o leitor fala, mas quem diz é a poesia. Um poema é verdadeiro quando é esse dizer concreto da poesia.


Manuel Antônio de Castro


Ver também: