Nada

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 15h52min de 23 de Dezembro de 2008 por Fábio (Discussão | contribs)

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"O poeta, em seu canto, próximo à Terra Natal, desfia a alegria a troco de Nada. Isso é contradizer-se, jogar no Vazio ou meditar extra-vagâncias? Devagar, vagando se descobre a falta-que-faz, o fazer-que-falta: cercando o eixo das rodas com raios, se descobre que a utilidade da roda consiste no seu Nada; escavando-se a argila para modelar vasos, descobre-se que a utilidade dos vasos está no seu Nada; abrindo-se portas e janelas para que haja um quarto, descobre-se que a utilidade do quarto está no seu Nada. Por isso, parafraseando Lao-Tzu, em seu fragmento XI, do Tao Te King, pode-se dizer que enquanto nos aproximamos do fazer, o que não é feito se aproxima de nós".


Referência:
ALBERNAZ, Maria Beatriz. Paidéia poética na cidade sitiada - um estudo de Clarice Lispector. Tese de doutorado, 2006. Faculdade de letras da UFRJ. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura. Área de Poética.


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Conferir as considerações de João Guimarães Rosa em Tutaméia (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. Tutaméia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1967, p. 5.
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