Interpretação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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Edição de 13h33min de 19 de Dezembro de 2008

Tabela de conteúdo

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Através da etimologia da palavra interpretação, chega-se ao valor. Mas pode-se ampliar essa compreensão, partindo da inter-subjetividade e da realidade social. Cf. FREITAG, Bárbara quando trata da teoria da ação comunicativa de Habermas.


Referência:
FREITAG, Bárbara. Teoria Crítica: ontem e hoje. São Paulo: Brasiliense,1985, pp.58-59.


2

Na questão da interpretação, em que se pensa a diferença da análise, da explicação e do diá-logo, é essencial ter em mente a exegese e, nesta, os três passos fundamentais: intelligendi, aprehendi e applicandi. Ora, este processo tem alguns passos que julga o texto/obra como algo “objetivo”. Aqui está a questão: como dar esses três passos sem questionar o que se apresenta sem a tensão com o que se vela? Mas, constatando que toda obra de arte opera a partir da linguagem, como ler radicalmente se não for como diálogo, onde o que é comum e o mesmo é o logos?


Referências:
CASTRO, Manuel Antônio de. A questão hermenêutica. In: Tempos de metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.


Acessível também em: www.travessiapoética.blogspot.com.


3

O que ocorre na leitura de cada um como ente singular? Certamente ela se dá em cada um como interpretação e diá-logo. Contudo, duas dimensões também aí se fazem presentes: ser e linguagem. Martin Heidegger no ensaio "De uma conversa sobre a linguagem entre um japonês e um pensador" (1), diz que as duas grandes questões que o freqüentam são: ser e linguagem. Surge a questão: cada leitor é um ente absolutamente original. Na medida em que o ser se dá em cada ente, certamente também a linguagem. E o mesmo acontece com a leitura, ou seja, cada leitor é único, não como subjetividade, mas como ente do ser. Então a interpretação/diá-logo certamente vai seguir essa mesma dimensão. E então pode-se perguntar: o que une a todos? Duas dimensões ontológicas: o não-saber e o logos como mundo e memória de todas as leituras e diálogos. O logos é a medida de todas as dimensões e possíveis leituras.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. De uma conversa sobre a linguagem entre um japonês e um pensador. In: A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003.


4

Cf. HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafísica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p.184.


5

Cf. HEIDEGGER, Martin. Heráclito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998, pp. 77; 78; 84; 95.
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