Espelho

De Dicionário de Poética e Pensamento

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"Pareceu-lhe então, meditativa, que não havia homem ou mulher que por acaso não se tivesse olhado ao espelho e não se surpreendesse consigo próprio. Por uma fração de segundo a pessoa se via como um objeto a ser olhado, o que poderiam chamar de narcisismo mas, já influenciada por Ulisses, ela chamaria de: gosto de ser. Encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei: eu existo." LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 1.
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:"Pareceu-lhe então, meditativa, que não havia homem ou mulher que por acaso não se tivesse olhado ao espelho e não se surpreendesse consigo próprio. Por uma fração de segundo a pessoa se via como um objeto a ser olhado, o que poderiam chamar de narcisismo mas, já influenciada por Ulisses, ela chamaria de: gosto de ser. Encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei: eu existo." LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 1.
== Ver também ==
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*[[Olhar]]
*[[Olhar]]

Edição de 15h29min de 28 de Dezembro de 2008

"Pareceu-lhe então, meditativa, que não havia homem ou mulher que por acaso não se tivesse olhado ao espelho e não se surpreendesse consigo próprio. Por uma fração de segundo a pessoa se via como um objeto a ser olhado, o que poderiam chamar de narcisismo mas, já influenciada por Ulisses, ela chamaria de: gosto de ser. Encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei: eu existo." LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 1.

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